domingo, 2 de agosto de 2009
salvado (do lixo)
Alguma coisa sobe como um vómito
É o vento
As uvas e o cão
A vide o veneno velho o velho
Que adormece com os olhos espetados
Na fasquia dos seus muitos anos miseráveis
As pulgas no alpendre
Na pocilga vazia
O choupo
De raízes cravadas na gengiva da casa de que só eu sou interior
A hortelã nos pingos da torneira
A náusea da pausa vegetativa dos coentros
Os limões de umbigo
Os diques na caleira da leira de tomate
A Peugeot cinzenta
Pelo vento e pela noite
A grossa grade de portão
Guardada por cães de gonzos ferrugentos
Os velhos verticais no interior do pátio
Das carroças
As sinetas e as vozes
Das franjas das echarpes
Chamando os netos por entre minúsculos fios de ferro
Caracóis nas listras
Vermelhas das peúgas dos miúdos
Quinze graus de tédio no choro com que não respondem
Os chás nas chávenas
Sobre a falsa virgindade das toalhas
A memoria dos aventais brancos
Das criadas roçando nos soalhos
Alguma coisa sobe como um vómito :
É a cor no ecran
Da casa toda branca
Sem interior algum
É o vento
As uvas e o cão
A vide o veneno velho o velho
Que adormece com os olhos espetados
Na fasquia dos seus muitos anos miseráveis
As pulgas no alpendre
Na pocilga vazia
O choupo
De raízes cravadas na gengiva da casa de que só eu sou interior
A hortelã nos pingos da torneira
A náusea da pausa vegetativa dos coentros
Os limões de umbigo
Os diques na caleira da leira de tomate
A Peugeot cinzenta
Pelo vento e pela noite
A grossa grade de portão
Guardada por cães de gonzos ferrugentos
Os velhos verticais no interior do pátio
Das carroças
As sinetas e as vozes
Das franjas das echarpes
Chamando os netos por entre minúsculos fios de ferro
Caracóis nas listras
Vermelhas das peúgas dos miúdos
Quinze graus de tédio no choro com que não respondem
Os chás nas chávenas
Sobre a falsa virgindade das toalhas
A memoria dos aventais brancos
Das criadas roçando nos soalhos
Alguma coisa sobe como um vómito :
É a cor no ecran
Da casa toda branca
Sem interior algum
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52 comentários:
Ó Platero!
Salvado está o que nunca se perde. A Peugeot há-de sobreviver-te. É a lei da vida!
As rendas dos aventais. Se calhar, está tudo no ecran branco, "da casa sem interior".
É para ser assim.
Nunca as uvas sobem se não forem ingeridas no fermento do veneno velho. É ainda uma reacção química.
Cuida-te!
Maria,
tu é que mentendes
bêjo
dh, seu safado! passa na "zona leste do blog"
dh
não sei para que norte
possa ficar a "zona leste"
do blog
juro
Com tanto "lixo" não tens salvação possível, nem poeticamente divagando! JCN
Este poema mete nojo.
então vai andando... não vomites aqui.
Poema de maricas! JCN
está muito fixe, platerno.
Foste tu que fizeste Platero ou copiaste?
JNC, tu cala-te em relação aos poemas dos outros!
que a zona leste do blog é para Sul...
Também acho. Vamos lá a subir isto intelectualmente.
mas o último neurónio pifou, estou azul...
pergunta ao baal, ele é o homem da "zona leste do blog". Mas tem cuidado ele está chateado e pode mandar-te às favas...
Não manda nada porque ele é muito elevado espiritualmente. Incapaz de dizer asneiras...
Quem usou as minhas iniciais (JCN) para me atribuir a autoria do comentário "Poema de maricas!", merecia ser reduzido a cascalho para alicerce das barragens de Estaline, metaforicamente falando. Mas merecia! Sacanagem! JCN
Estás a mais aqui, não precisamos de torquemadas.
elevado espiritualmente, não serei sou mais materialista, mas existe linguagem da qual não percebo, a sua necessidade.
tenho conversado e aprendido neste blog (não sou budista, acredito na apendizagem da realidade), como muitos canso-me e regresso. que conversa, já falo de um blog como de um organismo vivo. pois é deleuze... no fundo, no fundo tudo é virtualidade e agenciamentos.
JCN vai fazer cócó
és um ganda tótó
Sois um iletrado, vergonha!
És maquinal!
Porra! Tudo ao mesmo tempo é que não!
Torque... quê?!...
Vai lá torcer... para o raio que te parta! Tu é que mandas... aqui!
Quem é afinal o "TORQUE", tu ou eu?... Quem não "alinha", rua! Nada mudou!... JCN
Ó "LUA", és um(a) calhordas! Afina a linguagem! Não sejas réptil! Levanta a cabeça "ad astrra"! Entra na minha!... JCN
Os touros juntaram-se todos para marrar contra o pano vermelho. Em manada! Será caso para se dizer que "o talento ofende"?!... JCN
O senhor João Castro Nunes é um carnívoro que come porco, a sua agressividade está explicada!
Depende do tipo de porco: há porcos e porcos! Sou exigente! JCN
Gosto de carne de porco... à portuguesa, mas não gosto de porcalhões nem de liras desafinadas! JCN
vai fazer merda pra Nova águia ó merdoso
quem manda aqui é Deus
Sim rua!
Eu sou a águia da pátria e cago em todos os animais sem asas
Incluindo tu, seguramente! JCN
Pobre pátria... com águia tão cagona! JCN
Se é Deus quem manda, é de considerar! Absolutamente! JCN
A SERPE
A serpe é simplesmente repelente:
sinuosa, rastejante, sem ruído,
as vítimas ataca de repente,
bem como em metafórico sentido!
Os modos abomino da serpente:
quando menos se espera, surpreendido,
eis que ela surge sorrateiramente
sem se dar conta nem se ter ouvido!
Quando se enrosca numa criatura
seu sangue ao mesmo tempo envenenando,
é morte certa a sua mordedura!
Assim há muita gente!... simulada,
pés de veludo, os olhos espreitando
a altura para dar... a ferroada!
JOÃO DE CASTRO NUNES
JC, a resposta a isso que fizeste está no vídeo daquele anormal do DH que tem outro anormal a cantar.
dh, junta-te ao clube... não se pode brincar com anónimos é sempre assim.
Zona franca.
Por onde anda o rei do futebol?
Que lindo JCN, mas prefiro as palavras do meu Paulinho.
PAULO BORGES LEVA-ME CONTIGO PARA O TIBETE!
para o Tibete? Estás doida? Os chineses comem-te! A Índia é muito mais interessante...
deves ser mulher?... cremos nós!
Eu auto-enrabo-me, poeticamente falando, claro! JCN
JCN? Volta! Mas que becado!
Não uses o meu nome, safardana, para as tuas "auto-enrabações"! JCN
Anda cá JCN. Dá-me um beijo.
JCN
Dessa... estais bem livres, seus calhordas! JCN
Olha que não é "João Castro", mas "João de Castro". Se não te importas, para a próxima, põe lá a aristocraticazinha preposição!... Que confiança é essa?!...
o macacaco fugiu da jaula.
Quem te abriu... a porta?...
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