Chama do vazio da agonia das horas no fundo em estilhaços de atenção
Despida da fulgurância dos oráculos nos sonhos em antecipação
Do não acontecido a voz do não retorno no ermo sem espera
A escuta espraia-se em indefinidas ondas de ansiedade
Inunda a véspera e torna-a intemporal elevação austera
Profundidade abissal em versos rubros de perdição
Encrespada parturiente inconsolável tempestade
De ser sem ser errância impensável navegação
O antigo pulsar do mar como rumo sempre certo
Sem orientação para lá do desacerto
Do coração sem porto e sem abrigo
23 comentários:
A tendência para persistirmos à fama e ao reconhecimento é também uma forma de apego... Há heranças imateriais que se deixam à humanidade. Paulo, é hora de publicares os teus poemas em livro.
A ondulação chamou-me a atenção.
Venho mergulhar nela e escrever na areia que concordo com a Maria da Luz.
Se possível, o livro de poemas com as fotos do Paulo também :)
Beijinhos de Sereia*
Sois um poeta borra botas!... JCN
E o safardana continua a servir-se das minhas iniciais! Ninguém põe cobro a isto... por parte dos responsáveis pelo blogue? Que faz a serpente?!...
E o safardana continua a servir-se das minhas iniciais! Ninguém põe cobro a isto... por parte dos responsáveis pelo blogue? Que faz a serpente?!...
Vá lá, o genuíno, ponha o dedo no ar, por favor?
Pronto, já sei! Vocês aí, por favor, saiam da sala. Obrigado.
E vós um grande corno! JCN
Assim, não dá. Ainda choro a morte da minha Dolly...
"Dolly era uma ovelha extravagante e confiava muito em mim. Era quase um animal doméstico" [...] "Além disso, levou até mim muita gente interessante que de outra maneira não teria conhecido".
Tantos clones fazem-me lembrar a minha amada Dolly!
Gloriosos são os dias da máscara...
JCN saíste-me cá um mongolóide!
"This spectrum of light manifests a shift in consciousness within evolutionary beings."
Ó anónimo, a minha mãe disse que deves ser minorquinha pois não se lembra de nada. Miserável.
então porque não vomitas aqui o raio do poema?
Igreja de Satã, beijinhos a todos. Se não fossem os demoniozinhos, não havia santinhos.
Deserto.
Chama de areias no olhar de verdades imaginadas ao fundo de todos os reflexos
Mar exorcizado de corpos estranhos à alma em danças imprecisas no vapor das águas
Plantas rústicas parecidas com objectos abandonados no interior das casas onde morei
Dias infernais na miragem fria de visões que sempre acertam a paisagem
Noites de gelo cristal tórrido na espera vazia de fantasmas prometidos
Animais perdidos de céu em areias movediças que os demónios deixam cair dos bolsos
E enterro os pés nas marcas sempre desfeitas de caminhos esquivos
E emudeço as mãos porque não sei das palavras que me sabem
Não quero oásis que me evocam do círculo aceso de relógios eternos
Não reconheço as dunas deste rosto intemporal em constante mutação
Tornei-me exterior, moldura à volta dos cacos partidos do espelho que sou
Perdi-me da voz que me trouxe à vertigem deste deserto sem chão
Deserto meu
Deserto. Eu.
olha qu'ela disse que gostou muito (JCN)
do poema, claro!
Podem imprimir e limpar-lhe o traseiro. Sempre lhe dão destino.
quanta diarreia! E eu a pensar que já não era útil!!!
Nã nã nã. Tentações no deserto. Espertinhos...
Quero críticas sinceras do pessoal satânico. Ao menos esses dizem a verdade.
Descarreguem!
Traste impotente!
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