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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
Se estiver interessado em Cursos de Introdução à Meditação Budista e ao Budismo, bem como sobre outros temas, como Religiões Comparadas, Fernando Pessoa, Mestre Eckhart, Saudade, Quinto Império, contacte: 918113021.
26 comentários:
A primeira frase resume-me.
A segunda frase sugere a existência de raízes e de céu. Não entendi.
és tão avançada...
A primeira frase sugere a tua existência. Não entendi.
Anónimo, és tão retrógrado...
Avançado Mestre - Explica-me a segunda frase.
As pessoas normalmente criam raízes na terra. Vivendo às avessas criariam raízes no céu. Mas... o que é o céu?
Pois é Mestre. Fazes sempre orelhas moucas às questões importantes.
Devias tornar-te sábio.
Lá tenho que ser EU a explicar, não é?
Céu = C + EU
Deus = D + EUS
Vida = CD
Na espiritualidade, há que ter em conta o contexto. De facto, tendo vivido no Alentejo, noto que a espiritualidade não-cristã é muito virada para a terra, dado que esta tem sido o meio de sustento e que há uma espécie de "reverência" por esta. Para além disso, as pessoas lá estão mais ligadas à morte, porque há funerais (quase) todos os dias. Na cidade, pelo contrário, estamos desligados da terra e da morte, do princípio e do fim, vivendo numa espécie de limbo do qual não se sabe de onde vem nem para onde vai (ninguém sabe). Lembramo-nos quando infelizmente vamos parar ao hospital com algum problema, momento em que por artes mágicas nos tornamos humildes. Para mim, o céu é o palco dos sonhos, mas apenas porque a minha infantil espiritualidade vive da imaginação e do êxtase por esta e/ou pela sensibilidade. Claro que tudo ito é conversa e importa é viver. Beijinhos e abraços.
Daí que, não roubando palavras mas pegando em ideias, escreveria o seguinte:
Vive. Desenraíza-te.
Ou "vive desenraizado" ou mesmo apenas "vive".
Filosofá: a-d-o-r-e-i.
"Desenraíza-te." Para quê agravar mais o problema?
Hu Jientao?
Agora não tenho tempo. Tenho de ir a uma entrevista a um call-center para depois vos entrar em casa pelo telefone a vender-vos produtos completamente inúteis.
Isso, Nuno. Não é diferente do que faz a maioria dos postadores e comentadores aqui.
Vai lá entao e boa sorte nas visitas domiciliárias. Cá estaremos para vos fornecer todas as informações inúteis de que os museus são feitos.
Valha-nos o gasóleo para encher os tanques da desinspiração...
Ámen
O que há a dizer quando tudo de sábio e estúpido já foi dito!?...
Não sei?
Acho a frase completamente compreensível e apelativa. Por que se fazem tão desentendidos?
Mas
1. O céu não é uma ilusão? Como enraizar-me no inexistente?
2. Viver às avessas oxigena o cérebro. Literalmente. Com o tempo quem sabe se não explodiriamos num big bang microcósmico?
p.s. Adoro estar a blogar em reuniões entediantes...
O céu é não haver raízes, nem céu, nem quem se enraíze. E ao mesmo tempo tudo florir e frutificar.
O supra-céu é não ter de o explicar.
Virou-me do avesso.
Meninas, vamos ó vira ó ai
Cu vira é coisa boa.
Eu já vi dançar o vira ó ai
Às meninas de Lisboa
(...) Há mais!
A meditação ajuda o enraizamento no céu?
No céu, em raiz, medi tacão.
Meditar é o florir do espaço.
Nesse lugar quero estar, mas o querer é já lugar de um outro desejar. As avessas de um lugar é esse mesmo lugar às avessas. Estamos sempre a atravessar os vasos dessa transmutação, nesse milagre alquímico vivemos. Somos corpos de luz, simetrias!
Vive às avessas e pronto.
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