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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
Se estiver interessado em Cursos de Introdução à Meditação Budista e ao Budismo, bem como sobre outros temas, como Religiões Comparadas, Fernando Pessoa, Mestre Eckhart, Saudade, Quinto Império, contacte: 918113021.
12 comentários:
“Muito jovem, estava eu na ponte,
Em plena noite sombria.
Veio de longe o canto:
Na trémula superfície,
Gotas de ouro deslizavam.
Gôndolas, luzes, música –
Ebriamente para o crepúsculo vogavam…
Qual lira, a minha alma
Canta para si, por mão invisível tangida,
Uma secreta canção de gondoleiro, e vibra de guarrida ventura.
Alguém a ouviria?...”
Nietzsche Ecce Homo
pontuação a mais
falta-lhe a palavra pura
ainda criança estava eu na ponte
em plena tarde morrendo
veio de dentro o canto
da eterna superfície
gotas de ouro vertiam
loucura
logo se desvanecendo no nada
qual rubro rubor o meu coração
canta para ti
por ti
a eterna louca canção
de perdição vibrando
ouvi-la-ás?
Sombria a ponte
Desliza na gôndola de ouro
Do gondoleiro invisível
Trémulo de música e ventura
Tanjo para ti
O veio secreto da alma
Lira do crepúsculo
Plena de noite
Ébria de luz
Soando gota a gota
A eterna voz do tempo
No canto em que me perco
E ninguém ouve.
muito bonito, roubando palavras.
Roubei e foi bom!
e Ela viu que era bom..........
Subia o monte
De Liza de pêndulo d'oiro
Do penduleiro risível
Tremo a unha de musas, aventuras
Anjo para mim
Veio secreta da alma
Liza do crepúsculo
Pleno desnorte
Coberto de luz
Suando gota a bota
Oh!, ternos avós do tempo
Nu canto em que me perco
Alguém, ovo.
Isso, goza, ai, goza...
Tão badalão...
Subia o pêndulo
Pelo monte da Liza
Coberto de tremuras
O porco gondoleiro
Que queria aventuras
Anjo sem asas
Veio secreto
desnorteado e suado
deslizando incorrecto
a mão tangida de gotas garridas
e nu movimento invisível
pôs um ovo risível
vê bem tu
pelo olho du...
Ouviu toda a malta
No alto da ribalta!
na minha terra chamava-se "indez" ao ovo que se punha no galinheiro, entre a palha, para induzir as galinhas a porem. Mesmo que houvesse 4-5 ovos a retirar ao fim do dia, deixava-se sempre o tal index(z)
Vejo, entre satisfeito e desiludido, que é para que servem as palavras que "ponho" neste Bloger. Abraço aos comentadores
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