O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Pluma de Silêncio



O instante sempre a nascer e a morrer, entre os teus braços, entre ... o silêncio e o Silêncio de Saudade...

10 comentários:

Paulo Borges disse...

Belíssimo! Apenas pergunto: será que o instante nasce e morre? O in-stante não está, in-sta, insta!

Anónimo disse...

... o instante não "nasce" e "morre", assim como nós pensamos que seja "nascer e morrer"...
O instante "situa-se" no "não situado", melhor se diz que o que "insta" é o Silêncio. Esse é que plenamente se esvazia...


Um abraço, Paulo

Anónimo disse...

... e bem pode dizer-se dele que o não é nem não é, poque é "entre" e aí... se situa o "nenhures" de todo o "algures"...

outro, Paulo.

platero disse...

sempre leve
sempre etérea
mas sempre tremendamente realista

bjinho

galináceo disse...

Que piroseira!

fotogénia disse...

Também há várias lojas de fotografias que se chamam "Instanta".

fas disse...

Junto à fonte
dos amores

Anónimo disse...

Isso mesmo, Francisco: "Junto à fonte dos amores" aí todo o instante "in-sta".

Um abraço fraterno.

Silêncio disse...

O instante é esse intervalo entre um e outro pensamento. Esse intervalo...

Nunca Mais disse...

A cada instante nada acontece. Dizê-lo é perdê-lo.