não pode ser percorrido
num instante
Mas deve ser perfeito no Instante
Só perfaz o Caminho
quem em si se cala
e no grito supremo
instala a morada
do sopro mais ténue
da sua respiração
O silêncio
é a vibração do oco do tempo
em campânulas aceso
no seio da obscura
presença da totalidade
em flor o olhar
o perfume a essência
o longe que vem anunciado
no vento das vésperas
10 comentários:
"Em flor o (meu) olhar"... o vento das vésperas anuncido para o dia em que no "grito supremo" a perfeição alcance a tecitura do teu texto, a minha alegria, Paulo de te ver por cá acenando, vibrando no "oco do tempo".
Como sempre, o meu olhar é uma funda Saudade e um aceno à tua escrita e ao teu coração...
Bons dias de regresso...
Não se "regressa" ao mesmo, nem o mesmo regressa.
:)
Um abraço n'Isso!
Um sorriso, também :)
Meu amigo,
tomo destas palavras a água da clarividência, vislumbre, instante infindo de magna dimensão; ido olor d'essência que recolho do futuro.
Grande abraço Paulo!
Para vós sorrio :)
Saúde!
por agora
só para deixar um bien-venu
E esta?
abraço
... desse olhar que nos espreita sem que nós nunca o captemos, embora sempre o pressintamos... que oferece a sua inteligibilidade por algo que só existe não porque possa ser fixado, mas porque sempre pode ser intuído... que se torna presente à reflexão exactamente pela sua distância... que surge como instância reveladora do invisível na visibilidade da sua própria invisibilidade.
As tuas pelavras são asas, Campaínhas do silêncio.
Grata.
"A mente, na verdade, é o mundo(samsara).
Devemos purificá-la energicamente.
Assumimos a forma do que há em nossa mente.
Este é o etrno segredo."
Maitri-Upanishada
Não dá. Hoje, na rua, uma burra disse-me que eu era burra. Fiquei triste. Preferia que o reconhecimento tivesse vindo de alguém inteligente... Ao menos, duvidaria...
Uma campainha de silêncio tilintou-me na mente esta verdade e não sei como purificá-la energicamente. Só se zurrar mais alto...
De qualquer forma, sei que me perdoarei!
Tão belo, tão belo..
A essência que torna presentes no olhar todas as distâncias.
Um abraço, Paulo.
"Sabes muito, ou seja, não sabes nada."
PB
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