O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sexta-feira, 9 de abril de 2010

É branca a pele do poema
assim como os sonhos
que nele nos fazem jazer


É santa a mãe-poesia
que amamenta com ternura
cada poeta que nasce
cada poeta que morre
nos braços de uma palavra

2 comentários:

platero disse...

muito bonito

abraço

(bonito não quer dizer pronto a tirar o retrato)

Tamborim disse...

Amei.