terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
O tão almejado Paraíso
A memória é de facto uma coisa espectacular. E também a imaginação. Tudo propriedades daquilo a que chamamos mente e que, porventura, mais não é do que certas capacidades, potenciais ou actuais. Não só a memória e a imaginação são espectaculares, mas também a percepção, na medida em que é através desta que construo, vivendo-os, os Paraísos que sinto - e aí entram também os sentimentos, estéticos ou outros -, que depois recordo ou revivo já imaginando, acrescentando-lhes o sentido que a vivência presente sempre acrescenta às vivências passadas. Neste sentido, a mente é também um meio, se não o meio, de alcançarmos o tão almejado Paraíso, desejado (mais uma capacidade mental...) por todos os seres humanos ou outros dotados de consciência.
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2 comentários:
Anónimo
Nalguns casos quanto mais ignorantes formos menos pensaremos.
Um estudioso está interesado em adquirir conhecimento, um taoista em desfazer-se dele.
Será que devemos seguir o seu conselho?
Mil pensamentos aparecem, é como se não tivessem aparecido, assim sempre permaneceis tranquilos.
Será mais feliz o hortelão que não medita mas olha a noite estrelada averiguando se vai chover nas suas hortas ou um budista sábio que pensa em tudo e se desfaz em nada...
Esse ideal taoísta é fascinante, por oposição a algo que algum comentador deste blogue chamou o inferno burguês, em que a maioria de nós vive: viste isto? Conheces aquilo? Foste ali?, etc, etc, etc.
Penso que libertarmo-nos do conhecimento é uma grande tarefa, para que, por fim, atinjamos algum conhecimento, por paradoxal que pareça, alguma sageza.
Cumprimentos.
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