sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
A experiência do belo e do sublime
"Os homens preferem erigir estruturas mentais, elevar edifícios idealistas frágeis, em lugar de meditarem na sua natureza profunda..."
in O Budismo Tibetano, Edições Europa-América, p. 160.
Eu não sou um barra em meditação, mas gosto de, secretamente, pensar que sou. Aliás, não sou um barra em nada, mas gosto de, secretamente, pensar que sou um barra em tudo. A verdade é que, ao longo da minha vida, tive poucas, umas duas ou três, experiências que se enquadrariam naquilo a que vulgarmente se chamaria de meditação, como quando fechamos os olhos (sim, eu sei que se medita com os olhos abertos...) e tentamos atingir um estado transcendente, diferente do nosso estado banal. Diria que só uma dessas experiências terminou em bom porto, que foi quando me desliguei dos sentidos.
Mas tenho tido, e isto interessa-me mais, experiências que catalogaria de meditativas, que são quando experiencio o belo ou o sublime - na natureza ou na arte - e, num instante, como que magicamente, atinjo a tão almejada transcendência. Nem sei se "transcendência" é o nome adequado e diria que nem sei se existe nome para o estado que atinjo. É apenas um estado de prazer e de felicidade absolutos. Na verdade, por mais reles e doloroso que alguém se sinta, o belo e o sublime têm o poder de trazer os fantásticos resíduos de alegria, júbilo e felicidade que, sempre, a pessoa tem guardados algures no fundo de si.
Fora as balelas, acho mesmo que a contemplação (tantas vezes inesperada - é a melhor!) do belo e do sublime é a mais bela e sublime experiência que podemos ter. Particularmente, essa experiência pode desdobrar-se em inúmeros conteúdos... por exemplo, agora que penso, talvez a mais bela e sublime experiência para quem tenha filhos seja a de ver os seus filhos nascer; mas eu não tenho filhos... as mais belas e sublimes - para gastar as palavras - experiências que tenho são mesmo as da contemplação - ver, ouvir, cheirar, tocar, saborear - da natureza ou da arte, ou mesmo a sua recordação, ou o lugar para onde elas me levem. Paz.
in O Budismo Tibetano, Edições Europa-América, p. 160.
Eu não sou um barra em meditação, mas gosto de, secretamente, pensar que sou. Aliás, não sou um barra em nada, mas gosto de, secretamente, pensar que sou um barra em tudo. A verdade é que, ao longo da minha vida, tive poucas, umas duas ou três, experiências que se enquadrariam naquilo a que vulgarmente se chamaria de meditação, como quando fechamos os olhos (sim, eu sei que se medita com os olhos abertos...) e tentamos atingir um estado transcendente, diferente do nosso estado banal. Diria que só uma dessas experiências terminou em bom porto, que foi quando me desliguei dos sentidos.
Mas tenho tido, e isto interessa-me mais, experiências que catalogaria de meditativas, que são quando experiencio o belo ou o sublime - na natureza ou na arte - e, num instante, como que magicamente, atinjo a tão almejada transcendência. Nem sei se "transcendência" é o nome adequado e diria que nem sei se existe nome para o estado que atinjo. É apenas um estado de prazer e de felicidade absolutos. Na verdade, por mais reles e doloroso que alguém se sinta, o belo e o sublime têm o poder de trazer os fantásticos resíduos de alegria, júbilo e felicidade que, sempre, a pessoa tem guardados algures no fundo de si.
Fora as balelas, acho mesmo que a contemplação (tantas vezes inesperada - é a melhor!) do belo e do sublime é a mais bela e sublime experiência que podemos ter. Particularmente, essa experiência pode desdobrar-se em inúmeros conteúdos... por exemplo, agora que penso, talvez a mais bela e sublime experiência para quem tenha filhos seja a de ver os seus filhos nascer; mas eu não tenho filhos... as mais belas e sublimes - para gastar as palavras - experiências que tenho são mesmo as da contemplação - ver, ouvir, cheirar, tocar, saborear - da natureza ou da arte, ou mesmo a sua recordação, ou o lugar para onde elas me levem. Paz.
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1 comentário:
Paz: que seja para aí que tudo nos leve ! Gostei muito deste texto.
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