domingo, 24 de fevereiro de 2008
(...) é no estado de loucura que a profetisa de Delfos e as sacerdotisas de Dodona têm proporcionado à Hélade inúmeros benefícios, tanto de ordem privada como pública, enquanto, no seu bom senso, a coisa de pouca monta ou nada se reduz o que fazem.
Platão, Fedro, 244b
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4 comentários:
Pois, Platão, esse grande teorizador da ética... hummm...
Se alguém apanhar uma "granda moca", como faziam as sacerdotizas de Apolo, e com essa loucura resolver os problemas todos da humanidade, então isso é bestial.
Mas se alguém em estado (aparentemente) sóbrio entrar numa escola e dasatar aos tiros a toda a gente, como está agora na moda, então já é bem diferente.
Se calhar ainda estamos a confundir moral tradicional com ética... Na minha opinião, não é a loucura em si que é "boa" ou "má", é aquilo que fazemos com ela que pode ser libertador ou aprisionador. Quem diz "loucura", diz outras coisas que segundo a moral tradicional são rotuladas de "más", como as drogas ou o sexo. As drogas em si não são nem boas nem más, o modo como são consumidas é que pode ser construtivo ou destrutivo, e aí é que entra em acção a consciência ética, ou seja, a responsabilização pelos resultados das nossas acções.
"sacerdotisas", isto hoje está complicado, peço imensas deculpas...
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