terça-feira, 16 de novembro de 2010
Programa de tv - Parte II
– Escreves aí umas piadas tipo Jay Leno e tipo outros todos, que isso já é prata da casa.
Ninguém se satisfaz sem entrances de abertura, não interessa a piada, basta a entoação que lhe dão, entoação que não têm de aprender ou ensaiar.
Confia em mim, estes apresentadores “são assim”, “dentro da casa é igual ao fora de casa, pode crer que sim”.
A piada cairá no goto porque não te esqueças que temos a população a achar piada ao mesmo, a rir-se da mesma coisa, é só observares as pessoas na rua, grupos, dois, telemóvel, puxa palavra, Avenidade da Liberdade, Pontinha, Valongo, vais ver do que se riem umas com as outras e como puxam outras para a risota, é assim que se faz a cumplicidade.
Ouve-as só, não precisas de olhar para todas, podes ir de costas para elas e de walky talky na mão.
Terás um programa.
-- E os convidados?
-- Os convidados são os que vão ou foram aos outros programas. É um mundo pequeno, sabes como é. E quem tem disponibilidade para um programa terá por supuesto para outro. Mais um, menos um. Aqui a diferença é que não entrevistamos propriamente a pessoa.
-- Ah não? Atão?
-- O convidado faz parte do cenário como mobília ou amigo da casa.
O convidado quando entra é impelido, como se tivesse bebido um licor das índias, a apertar a mão com fervor ao apresentador, e vais ver que a estupidez contagia, sempre ouvi dizer.
Mandas uma coisa para o ar e o convidado responde só a um bocadinho da coisa ou outra coisa qualquer diferente da coisa que lhe puseste.
Esperas meio minuto, na “Regi” gritam-te “Passa para outra coisa, põe-te a andar, foge, roda o palco!”, tipo pop up, estás a perceber?
É isso que deixa um gajo a olhar para este programa.
Além disso, o convidado sabe ao que vem. Se não sabe é estúpido e isso é um ponto a nosso favor.
A seguir espetas com uma rubrica ou um jogo de perguntas e respostas cronometradas, 1 minuto, sem esquecer o separador de cada rubrica para o espectador saber ao que vai e para saber que se vai passar algo completamente diferente do emitido até àquela altura do programa.
Entretanto palmas e gritos de guerra do lado da plateia.
Hás de reparar que até políticos que não vão a programas de entretenimento,
Hás de vê-los a vir a este, como iam ao gato fedorento tudo camaradagem em fila para entrar, unanimidade gostosa.
É que, se não fossem lá, iam ostracizados!
Vais ver se não hão de entrar nesta modernice tão oficial e cavalheira.
Rtp2, meia noite, directo, queres o quê?
Só pode ser prestigiante uma aventura calculada para pôr no currículo.
-- E reacções do público, tens alguma ideia?
[A Parte I do Programa de tv encontra-se há sete posts]
Ninguém se satisfaz sem entrances de abertura, não interessa a piada, basta a entoação que lhe dão, entoação que não têm de aprender ou ensaiar.
Confia em mim, estes apresentadores “são assim”, “dentro da casa é igual ao fora de casa, pode crer que sim”.
A piada cairá no goto porque não te esqueças que temos a população a achar piada ao mesmo, a rir-se da mesma coisa, é só observares as pessoas na rua, grupos, dois, telemóvel, puxa palavra, Avenidade da Liberdade, Pontinha, Valongo, vais ver do que se riem umas com as outras e como puxam outras para a risota, é assim que se faz a cumplicidade.
Ouve-as só, não precisas de olhar para todas, podes ir de costas para elas e de walky talky na mão.
Terás um programa.
-- E os convidados?
-- Os convidados são os que vão ou foram aos outros programas. É um mundo pequeno, sabes como é. E quem tem disponibilidade para um programa terá por supuesto para outro. Mais um, menos um. Aqui a diferença é que não entrevistamos propriamente a pessoa.
-- Ah não? Atão?
-- O convidado faz parte do cenário como mobília ou amigo da casa.
O convidado quando entra é impelido, como se tivesse bebido um licor das índias, a apertar a mão com fervor ao apresentador, e vais ver que a estupidez contagia, sempre ouvi dizer.
Mandas uma coisa para o ar e o convidado responde só a um bocadinho da coisa ou outra coisa qualquer diferente da coisa que lhe puseste.
Esperas meio minuto, na “Regi” gritam-te “Passa para outra coisa, põe-te a andar, foge, roda o palco!”, tipo pop up, estás a perceber?
É isso que deixa um gajo a olhar para este programa.
Além disso, o convidado sabe ao que vem. Se não sabe é estúpido e isso é um ponto a nosso favor.
A seguir espetas com uma rubrica ou um jogo de perguntas e respostas cronometradas, 1 minuto, sem esquecer o separador de cada rubrica para o espectador saber ao que vai e para saber que se vai passar algo completamente diferente do emitido até àquela altura do programa.
Entretanto palmas e gritos de guerra do lado da plateia.
Hás de reparar que até políticos que não vão a programas de entretenimento,
Hás de vê-los a vir a este, como iam ao gato fedorento tudo camaradagem em fila para entrar, unanimidade gostosa.
É que, se não fossem lá, iam ostracizados!
Vais ver se não hão de entrar nesta modernice tão oficial e cavalheira.
Rtp2, meia noite, directo, queres o quê?
Só pode ser prestigiante uma aventura calculada para pôr no currículo.
-- E reacções do público, tens alguma ideia?
[A Parte I do Programa de tv encontra-se há sete posts]
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