O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Zu Meister Eckehart

Wo habe ich den Grund in Dich zu stürzen
An mir verliert sich jeder Sinn
Wie soll ich Deine Grösse bis in mich verkürzen
Was macht mich denn zu Deinem Sinn.

Wo finde ich am Abgrund Deiner Dinge
den Halt, der mich in mir erhält
Wo sind sie wirklich diese Deine Dinge
bevor die Welt in mir zerfällt

Wer sagt, was ich vor Dir noch bin
nur Schatten denk ich oder selbst wie Du
ich gehe ein und gehe auf Dich zu
soll ich denn hoffen, dass ich dann noch bin.

11 comentários:

Paulo Borges disse...

"Wer diese Rede nicht versteht, der bekümmere sein Herz nicht damit. Denn solange der Mensch dieser Wahrheit nicht gleicht, solange wird er diese Rede nicht verstehen" - Meister Eckehart

Paulo Borges disse...

Tradução: "Quem este discurso não compreenda, que não aflija com isso o seu coração. Pois enquanto o homem não se iguale a esta verdade, não compreenderá este discurso" - Mestre Eckhart

Ana Margarida Esteves disse...

Alguem poderia fazer o grande favor de traduzir o poema para que nos, simples mortais, possamos saber qual e essa verdade a qual nos devemos igualar?

Paulo Borges disse...

Ana, a verdade de que Eckhart fala é de que a suprema pobreza é não se ser menos do que Infinito (Deus). Quanto ao poema, não arrisco e faço ao Lusograph o mesmo pedido. Bitte!

dmh disse...

Cara Ana, Caro Paulo

seria mais ou menos, com erros, assim:

Onde tenho o fundo/a razão de cair em te // Em me se perde todo sentido/razão // Como posso reduzir a tua grandeza até em me //
O que me faz o teu sentido/razão

Onde encontro o abismo das tuas coisas // O apoio/segurança, que me preserva/segura em me // Onde estão mesmo estas suas coisas // Antes de o mundo decai em me

Quem diz, o que sou ainda antes de te //Somente sombra penso ou mesmo como tu // Eu acabo/aprofundo e eu me aproximo de te //Devo eu esperar, que em seguida ainda sou

Paulo Borges disse...

Grato! É um belissimo poema! Quando puder proponho-te uma versão corrigida.

Anónimo disse...

Cantem loas ao Eckhart, cantem... Vejam é se conseguem aplicar um mínimo que seja da sua doutrina nas vossas vidinhas bem instaladas...

Anónimo disse...

Isso, Durchbrechen, Durchbrechen, Durchbrechen!!!

Anónimo disse...

Onde estará agora o Mestre Eckhart?

Anónimo disse...

Onde está Mestre Eckhart?
Desapareceu em Deus,
fazendo Deus desaparecer,
por não saber, engenho e arte.

Anónimo disse...

Acho que deve estar com a irmã Katrei... Dois num.