O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

She's a sensation - Ramones & Sylvia Saint for your pleasure

21 comentários:

Anónimo disse...

Que video da Sylvia Saint tão casto!... Desiludes-me... Há bem melhor... Talvez demasiado para as mentes puritanas.

Anónimo disse...

Sylvia Saint, por aqui?! Aquilo é muita entrega! Será vocação mística? De qualquer modo, aqui não dá para perceber!

Anónimo disse...

Oh, Verónika, com um nome tão sugestivo tens o perfil indisponível!?...

Anónimo disse...

A Sylvia Saint é a maior mística contemporânea, disso podem estar certos!...

Anónimo disse...

Isso só Deus sabe!

Anónimo disse...

Sim, Deus e eu!

Anónimo disse...

O que estão a fazer é a afastar as poucas pessoas sérias que ainda por aqui andam...

antiquíssima disse...

Porquê!? As pessoas sérias são as que voltam a cara a uma das ânsias mais fortes que move o mundo, como se em si mesmas a não houvessem!?...

Anónimo disse...

Punk rock e estrelas porno... Deve ser isto a Grande Perfeição!

Anónimo disse...

Também me desiludes, Casto Severo!
Que coisinha tão soft... Uma deusa destas e... só isto!? Pobre, muito pobre...

Anónimo disse...

Soft ou não, depende da perspectiva... Já não é tão soft se virmos que esta deusa, que tanto fascina e deleita os homens, já está a ser internamente corroída por mil e um venenos, putrefacções e declínios, que cedo ou tarde lhe embranquecerão os cabelos, lhe cavarão rugas, lhe farão mirrar e tornar flácidas as carnes, lhe apodrecerão e farão cair os dentes, lhe engrossarão varizes nas pernas esbeltas, lhe farão crescer cancros no colo do útero e lhe murcharão a flor tão visitada e colhida por homens e mulheres... Em breve estas imagens de beleza e glória não mais serão do que o aguilhão da memória do que não mais volta, o espinho da saudade do irreversível que a torturará até ao fim dos seus dias, quem sabe se na total solidão, abandono e esquecimento...
E ainda menos soft tudo isto é se recordarmos ser esse o destino de tudo, o destino de todos vós, ó visitantes, leitores e colaboradores das distracções deste blog e da existência, desde os vossos entes queridos até vocês próprios!...
Ainda acham soft, agora!?

Reconheçam quem são, o que verdadeiramente vos habita, o crepúsculo, o declínio, a morte: eu próprio!

Anónimo disse...

até lá... vamos estando por cá...

Anónimo disse...

Até lá vais estando por cá!?... Não vês que lá é a quinta-essência do cá? Desonras o teu nome...

Anónimo disse...

Pela primeira vez não posso deixar de concordar com os diabos pagãos, no plano estritamente moral, embora eles considerem a corrupção natural e eu a considere fruto do pecado, pelo qual o homem perdeu o corpo espiritual com que foi criado e adquiriu este grosseiro corpo físico e sexuado, como o ensinou o grande teólogo Escoto Eriúgena, embora o seu pensamento seja perigosamente tendente ao erro da leitura panteísta. De qualquer modo, sem pecado e sexuação do ser não haveria este fascínio erótico grosseiro e desatinado que invade este blog... O erotismo seria plenamente espiritual e a humanidade multiplicar-se-ia como os anjos.

Anónimo disse...

Maria da Conceição,

Tu és linda! Não fosse a minha condição e eu perdia a cabeça...

Anónimo disse...

Ragnarök, mas depois de ti, no teu mito, vem de novo a Idade de Ouro, não é assim? Não estará ela já e sempre presente, seja nas carnes sãs ou cancerosas? Haja visão pura.

Anónimo disse...

Tudo muito certo Ragnarok, uma postura sabia, talvez. No entanto, os Ícones muitas vezes, perduram durante mais tempo que o original. Enquanto Sylvia se vai desvanecendo nas vagas do tempo, o seu duplo continua a arder em todo o seu esplendor. Assim são as imagens e os sonhos, não envelhecem, apenas passam. Talvez o original de Alice, a figura que inspirou a história, seja neste momento pó, mas simultaneamente continua para alguns, uma imagem com algum encanto! O mesmo se passa com os livros e as obras. Onde estará Agostinho da Silva? No entanto, vejam o poder de convicção do seu eco que não cessa. Os caminhos percorridos de mãos dadas com ele, mesmo depois da sua morte. As obras, de algum modo desafiam o tempo e têm asas. Os Ícones, vão sendo insuflados de vida e assim prosseguem.

Mas descansa Casto Severo, mesmo quando esta que vês, assim e deste modo, murchar como descreve Ragnarok, ainda assim, haverá sempre uma Sylvia Saint que mudará talvez, a cor de cabelo e o nome, do mesmo modo que haverá sempre uma Primavera, que por onde passar fará a relva crescer!

Anónimo disse...

És sábio - ou sábia ? - , Anónimo (ou Anónima?)! Mas a tua sabedoria nada é se separada da de Ragnarök e Long. Creio que concordarás com isto.

Anónimo disse...

Claro que concordamos!

Bem haja pelo reparo Presbítro,não vá eu esquecer-me.

O Anónimo das 13.18, que tu tão bem conheces.

Anónimo disse...

Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação imunerável.

Anónimo disse...

Grande banda, grande mulher, grande mundo, grande tudo! Viva a eterna adolescência! Viva!