sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Livre de ti e de ser
Livre de ti e de ser, "és" o lugar sem lugar onde o sol se ergue e declina, o espaço e o tempo se constelam e dissipam, a realidade, a existência e a vida florescem e definham, eu, mundo e Deus emergem e se reabsorvem: que esperas e temes ainda, que saudade nutres, que ilusão abrigas, ó Coração imaculado!?
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18 comentários:
Se este "Coração imaculado" for o Deus de "Deus", transcendente e imanente a tudo, superador de todas as antinomias e dualidades da mente humana, plenamente de acordo. Mas se for, como parece e temo, o fundo dito comum de Deus e de cada um de nós, o incriado consubstancial a tudo, na linha da desmesura eckhartiana, que insanidade!... E que riscos morais: pensando assim, achamos que nos podemos permitir tudo, como os perdidos do Livre Espírito!...
é a descrição da vacuidade, não é?
sempre dogmática...
Dogmática!?... Expresso a minha visão do mundo, como outros expressam as suas. Se a quiserem criticar e debater, podem fazê-lo. Embora duvide que tenham capacidade para tanto, pois desconhecem os fundamentos profundos do cristianismo católico.
tem todo o direito de expressar a sua visão do mundo e de ser...dogmática!qto à sua capacidade de se debater criticamente, já provou q nem sempre é capaz , não se lembra de um post sobre a realidade/invisualidade?
http://serpenteemplumada.blogspot.com/2008/11/por-causa-das-margens.html
“Pode ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo”. Arthur C. ClarK
Argumento da impossibilidade científica da negação
"Não se pode cientificamente provar que Deus não existe." Este argumento é usado para mostrar que não se consegue provar a inexistência, mas não prova a existência.
Existe na mente de todo homem a ideia de um ser que não se pode pensar outro maior;
Existir só na mente é menos perfeito do que existir na mente e também na realidade;
Se o ser maior do que o qual não se pode pensar outro só existisse na mente seria menor do que qualquer outro que também existisse na realidade;
Logo, o ser do qual não se pode pensar outro maior deve existir também na realidade (existência real necessária), logo conclui-se que existe Deus e esse ser é perfeitíssimo.
Em poucas palavras: "algo existe em meu pensamento, logo, existe também no mundo material!".
Segundo Argumento da Incoerência
Este argumento prende-se no facto da existência de certas incoerências nas propriedades de Deus. Por exemplo, se Deus é omnipotente, ele poderia criar uma pedra tão pesada que nem mesmo ele poderia erguer. Se não a conseguisse erguer, deixaria de ser omnipotente. Mas se ele é omnipotente, então ele deveria ter força suficiente para erguer qualquer peso. No entanto, se não conseguisse criar tal pedra, deixaria de ser omnipotente. Se Deus é omnisciente, então ele sabe tudo sobre o nosso passado, o nosso presente e o nosso futuro. Sabe o que já fizemos e o que vamos fazer (apesar de nos conceder livre-arbítrio). Se sabe, então o livre-arbítrio não faz qualquer sentido, e não há razão para não nascermos logo ou no paraíso ou no inferno. Se não conhece as nossas acções futuras, então Deus não é nem omnisciente nem omnipotente.
Wikipédia, meu deus...
Dá que pensar.
Paulo, o seu pensar é acutilante, e em certa medida, esclarecedor.
Um abraço!
Vacuidade... concordo! :)
a ficção científica é, mts vezes, visionária.ocorreu-me já mais do que uma vez se os seus autores não serão, certamente, filósofos no sentido de antever a realidade eminente?ou melhor, q mts vezes está para além de nós mas intrinsecamente ligada à nossa existência?
...bem, vou-me deixar de divagar mas gostei da refª.
eu adoro ficção científica e, para mim, há uma obra q me marca: "Um estranho numa terra estranha" - Robert A. Heinlein.
Cara Nas asas de um anjo, na verdade não sei! Creio todavia que, se descrevesse a vacuidade, não seria descrição nem vacuidade.
Saudações e gosto em reencontrá-la por aqui.
uma resposta inteligente, como seria de esperar...obrgda.
qto ao post, ocorre-me de facto a vacuidade, a efemeridade da nossa existência, o facto de nem sequer sermos presente pk ele não existe e sim, se nos orientarmos pelo mantra "baba nam kevalam", então faz mt sentido haver um Coração designado Amor que nos (des)norteia...
(será assim?)
já agora, o/a autor/a?
Paulo, quando digo acutilante digo-o em função do constrangimento proposto entre um cá e um lá... a forma e a antiforma reunidas num indefinido espaço intermédio, sendo a própria indefinição o móbil para a procura de respostas, por mais absurdo que possa parecer.
Esclarecedor apenas porque a interrogação interior procura ainda a prova do estar-Se, como ser, como eu-Deus. Digo-o, embora possa estar equivocado face à ambiguidade proposta e às questões por Ele-Eu apresentadas.
Um abraço Paulo.
bem, esses neurónios para filosofar, são do melhor, Vergílio..
Este "Coração" não pode ser alguém, pois não!?...
este Coração, entida suprema, foi escrito por alguém...por si, PauloBorges?(",)
entidade (rectifico)
Talvez alguém a quem deram o meu próprio e sempre impróprio nome, pois ninguém sou e nome algum em verdade tenho...
Livres assim, mesmo da substância, ascender do efímero ao profundo e ser sem ser na saudade futura de ter sido.
Magnus o minimus, Paulo.
Um abraço
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