O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


domingo, 17 de fevereiro de 2008

Os Outros


2 comentários:

Adama disse...

"O florir do encontro casual
Dos que hão sempre de ficar estranhos…

O único olhar sem interesse recebido no acaso
Da extrangeira rápida…

O olhar de interesse da creança trazida pela mão
Da mãe distrahida…

As palavras de episodio trocadas
Com o viajante episódico
Na episódica viagem…

Grandes maguas de todas as coisas serem bocados…
Caminho sem fim…"


Álvaro de Campos, Livro de Versos, 67

Anónimo disse...

Como podia não ser assim !? Tudo é olá e adeus...