segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Morte às ambições
Regressei da minha querida paz alentejana para o bulício, que detesto, da cidade. Por questões profissionais, bem vistas as coisas, ainda não tinha arranjado trabalho no Alentejo. A cidade é o lugar onde todos querem enriquecer e um lugar que nasce não da procura do encontro de culturas e mundividências, mas da vontade de sobrevivência. Por isso, é um lugar repleto, infestado, de ganância e ambição carreirista, que a mim passam ao lado, até ao dia em que seja infectado por tão portentoso vírus. Não me sinto triste, porque a cidade não dá azo a grandes tristezas mas, simplesmente, fodido - deixem-me fugir da hora de ponta, esse limiar representativo de tudo o que é mau, sensorial e inteligivelmente, e viver o sonho de uma imensa cidade pacificada pela deserção. Morte às ambições!
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campo,
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sentimentos
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2 comentários:
Caro Nuno,
De que "cidade" falas? De que medo padeces tu?
Um beijinho
Falo de Lisboa, que por sinal adoro em muitos aspectos e detesto noutros. Talvez padeça do medo de me perder ou de me não encontrar... de perder o controlo "Once upon a time I could control myself" (Pearl Jam). Talvez não padeça de medo algum (?).
Beijinhos.
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