terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Concurso
O poema que se segue, ou melhor a sua versão em neerlandês, valeu-me 6.000 euros.
Dou um prémio holandês (ainda a pensar.... ou então o livro que prometi ao Paulo Borges), pela melhor crítica CONSTRUTIVA (por favor não
me ponham mais miserabilista do que eu sou). Avisei logo que tinha ganho essa maquia (por este poema e por outros que hão-de e agora têm de vir) para testar a vossa irreverência e vos fazer criticar, o mais implacavelmente possivel, essa coisa magnífica que são os Prémios e honras literárias!
O meu mail, já se sabe, tratadodebotanica aquelacoisa gmail.com
Das portas trancadas
Doem-me as portas trancadas.
As que abanamos e não se conseguem abrir.
Das que se perderam as chaves.
As chaves das portas trancadas que não se conseguem abrir.
Penso nas portas trancadas da tua casa.
As chaves que se escondem e não mais aparecem
a porta do teu quarto que range sempre que a abres
ou quando se tosse uma réstia de vento.
A madeira sólida do teu quarto
os raios anelares das árvores
agora sem vida
trancam o teu quarto
conservando a resina que cola os meus cabelos à tua porta.
As unhas negras.
O sangue coagulado.
A dor.
O horror.
De como a tua porta se tranca trilhando os meus dedos de solidão.
Dou um prémio holandês (ainda a pensar.... ou então o livro que prometi ao Paulo Borges), pela melhor crítica CONSTRUTIVA (por favor não
me ponham mais miserabilista do que eu sou). Avisei logo que tinha ganho essa maquia (por este poema e por outros que hão-de e agora têm de vir) para testar a vossa irreverência e vos fazer criticar, o mais implacavelmente possivel, essa coisa magnífica que são os Prémios e honras literárias!
O meu mail, já se sabe, tratadodebotanica aquelacoisa gmail.com
Das portas trancadas
Doem-me as portas trancadas.
As que abanamos e não se conseguem abrir.
Das que se perderam as chaves.
As chaves das portas trancadas que não se conseguem abrir.
Penso nas portas trancadas da tua casa.
As chaves que se escondem e não mais aparecem
a porta do teu quarto que range sempre que a abres
ou quando se tosse uma réstia de vento.
A madeira sólida do teu quarto
os raios anelares das árvores
agora sem vida
trancam o teu quarto
conservando a resina que cola os meus cabelos à tua porta.
As unhas negras.
O sangue coagulado.
A dor.
O horror.
De como a tua porta se tranca trilhando os meus dedos de solidão.
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10 comentários:
Por exemplo, chateia-me incrivelmente aquela do "A dor. O horror"parece um cabeçalho de jornal. Mas nào consegui encontrar outra coisa melhor. Por favor, ajudem-me!
"A dor. O horror" lembra um bocado aqueles programas do Artur Albarran:-P ...
Que tal "a lamina que me cinde ca dentro. O no na garganta"?
(estou a escrever da universidade, pro isso a falta de acentos).
Quanto ao comentario anterior, estava a brincar.
Tens razao, eu tambem concordo contigo!
é isso que eu quero, esse sentido da lamina, do nó, mas mais abstracto, porque ja concretizei acima....
Obrigada Ana Margarida. é qualquer coisa entre o nó e a lâmina...
Tens alguma pobulcacao? Onde podemos encontrar os teus livros ou poemas publicados?
Um dos meus poemas (em Portugues)vai sair na "SOMOS - Latino Literary Magazine" aqui da Brown University.
Yaaaaaaay, ja faco parte do panteao dos poetas publicados;-)!
Oferecem prémios para terem críticas construtivas aos seus próprios poemas !?... Ao que chegámos !...
Joana, podes fazer umas críticas construtivas á "versalhada";-) que tenho publicado por aqui?
Outra sugestão "Rasgo de dor. Relâmpago mudo cegando os meus olhos."
Parabens, Ana Margarida, que tal achas entao de ser publicada? Eu fiquei deprimida durante quase um ano, mas enfim, agora ja ando habituar-me as luzes da ribalta. O segundo ha-de vir, cheio de pompa e circunstancia. Podes ir ao meu blog, ir a quasi ou entao eu mando-te a versao electronica (para isso tens de obedecer a requisitos que estao no blogue).
Quer dizer que és uma poeta/poetisa (eu sou poetisa, mas ha quem nao prefira ser poeta) latina? Aqui na Holanda sou uma poetisa do fado/ fadista, o que enfim, condiz com "a dor, o horror"e a tragédia portuguesa. (Mas nao posso dizer mal do fado que neste blogue anda por ai o Paulo Borges). por falar nisso (para falar mal do Paulo Borges) que tal continuarmos por mail esta conversa? Um abraço. Vou fazer as criticas (mas eu sou um bocado desconstrucionista, nao leves a mal)
O horror, o horror? Isso é o Brando no Apocalipse now!
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