O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Como se isso fosse possível...

Tenho perfeita consciência de que uso, a maioria das vezes, uma máscara na minha relação com os outros. Várias, até. É das coisas mais difíceis nesta existência, tirar a máscara. Por isso preciso de um pouco de solidão, para que regresse desmascarado ao mundo. Mas as máscaras - as mesmas ou outras - voltam para me (nos?) atormentar. Sim, as máscaras são tormenta, porque são fingimento e, este, dói. Tiremos todas as máscaras!

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