domingo, 2 de novembro de 2008
Tendo em conta os pressupostos da Filosofia da Saudade ...
... sera que querer ser pai/mae, o querer obrigar um pedaco de Absoluto a deixar de o ser com o intuito de o possuirmos, estragarmos om mimos, violencia ou a projeccao dos nossos desejos e carencias e condernarmos ao sofrimento que e a vida/morte, um dos maiores crimes cosmicos, senao o maior?
A sociedade martela-nos na cabeca que a maternidade/paternidade e fundamental para a realizacao do ser humano, que so quem nao tem filhos e porque nao pode por ser doente fisico, mental ou social e que quem tem outras prioridades e egoista, narcisista ou outras coisas piores.
Sera mesmo, ou esta e a maior mentira que nos e contada, e talvez a mais ardilosa, que tem como objectivo perpetuar a Grande Mentira Cosmica que e o facto de que alguma coisa existe? Isto para nao falar que nos obriga a colaborar na perpetuacao do sistema economico e politico (So nao deixo este emprego de m*rd* pois tenho de dar de comer e de vestir aos meus filhos, eu, politic@, acho que o estimulo a natalidade vai estimular tambem a construcao civil, e vice-versa. Alem disso, precismaos de mao de obra. Eu, publicitari@, sei que a publicidade mais eficiente e a dirigida as criancinhas. Os pais tem de consumir, senao as criancinhas sao discriminadas e nao vao realizar os desejos de promocao social que eles tem. Eu, Bilderberger, sei que alguem cuja maior preocupacao sao as necessidades dos seus filhos e mais facil de domar, pois esta demasiado ocupad@ para se dar conta de que isto tudo nao passa de uma grande farsa).
A sociedade martela-nos na cabeca que a maternidade/paternidade e fundamental para a realizacao do ser humano, que so quem nao tem filhos e porque nao pode por ser doente fisico, mental ou social e que quem tem outras prioridades e egoista, narcisista ou outras coisas piores.
Sera mesmo, ou esta e a maior mentira que nos e contada, e talvez a mais ardilosa, que tem como objectivo perpetuar a Grande Mentira Cosmica que e o facto de que alguma coisa existe? Isto para nao falar que nos obriga a colaborar na perpetuacao do sistema economico e politico (So nao deixo este emprego de m*rd* pois tenho de dar de comer e de vestir aos meus filhos, eu, politic@, acho que o estimulo a natalidade vai estimular tambem a construcao civil, e vice-versa. Alem disso, precismaos de mao de obra. Eu, publicitari@, sei que a publicidade mais eficiente e a dirigida as criancinhas. Os pais tem de consumir, senao as criancinhas sao discriminadas e nao vao realizar os desejos de promocao social que eles tem. Eu, Bilderberger, sei que alguem cuja maior preocupacao sao as necessidades dos seus filhos e mais facil de domar, pois esta demasiado ocupad@ para se dar conta de que isto tudo nao passa de uma grande farsa).
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9 comentários:
Ora aqui está uma verdade profunda, muito pouco politicamente correcta! Qual o sentido do "Crescei e multiplicai-vos" bíblico, entendido como convite à reprodução desenfreada e insaciável!? Encher o mundo de predadores do próprio mundo, dos seres vivos, dos próximos e de si mesmos!?... Mas será que a responsabilidade será apenas dos progenitores ou, também, do desejo de existir de quem nasce?...
Já os gnósticos diziam o mesmo... E dar a alguém a maravilhosa possibilidade de existir, ainda que seja para transcender a existência, não tem qualquer sentido?
Mais exageros...
De entre todos os seres humanos que existem, quantos deles transcendem realmente a existencia?
Quantos deles tem como proposito de vida transcende-la?
E quantos pais babados tem realmente como intencao ao trazer filhos ao mundo dar-lhes a possibilidade de transcender a propria existencia?
Sera que quanto mais generosos e abnegados nos pensamos mais egoistas somos?
Maria da Conceicao, seja sincera: E uma pessoa "feliz" e "realizada"?
O proposito mais profundo da sua existencia e transcende-la?
Foi esse o maior sonho dos seus paizinhos em relacao a sua pessoa? Ve-la transcender tudo? A serio? Ou ve-la tornar-se numa senhora socialmente reconhecida e que os enchesse de orgulho?
Se tem filhos, ficaria mais contente se eles se tornassem uns zes ou marias ninguens mas transcendessem tudo ou se se tornassem figuras publicas de relevo na praca, fossem cobertos de honrarias e considerados exemplos de virtude publica?
Qual foi a motivacao mais profunda que a levou a ter filhos, se por acaso os tem?
Porque estava "na idade"? Para "se realizar plenamente como mulher"? Para que eles realizassem o que a Maria nao conseguiu realizar? Porque os seus irmaos, amigos, vizinhos, etc. tambem os estavam a ter? Porque assim e que deve ser? Por medo que lhe escapasse alguma experiencia fundamental na sua formacao como pessoa? Medo da solidao? Medo de ser vista como "esquisita" e de ser marginalizada? Por amor ao seu marido/companheiro? Para dar netinhos aos seus pais? Esqueceu-se de tomar a pilula? O preservativo arrebentou? Para nao ser vista como uma "solteirona" ou uma "monstra de egoismo"? Pois assim le nos textos sagrados e ouve na igreja/sinagoga/loja maconica? As fotografias de bebezinhos na imprensa soa irresistiveis? Queria dar-se, abnegar-se, transcender-se a si mesma?
Se e assim, porque nao ir ao orfanato mais proximo e adoptar uma crianca com sindrome de down, labio leporino e sem uma perna?
Para que ser mae de uma crianca (ou duas, ou tres, ou seja o que for), tendo-a em casa, deformando-a e conformando-a, quando se pode ser mae de todas as criancas do mundo que nos pedirem um pouco de afecto, atencao ou ajuda a cada momento, sem apegos?
Sejamos sinceras: Existir e assim tao maravilhoso?
E ja agora, porque e que as minhas palavras a incomodam tanto? Nao diz a sabedoria popular "os caes ladram e a caravana passa"? Porque se da ao trabalho de responder ao meu ladrar?
Porque disso mesmo nao passa: De um ladrar.
Que grande capacidade de diálogo que a Ana Margarida mostra! Afinal quem é que fica mais incomodada!?... Matéria para psicanálise...
Cara Ana Margarida, houvesse uma educação verdadeiramente cristã e toda a existência seria transcendida no regresso ao Pai, por via do Filho, de quem somos todos imagem e semelhança. E não precisaríamos de inventar filosofias neo-gnósticas da saudade...
Mas quais são os pressupostos da filosofia da saudade?
Ana, acompanho-te em muito do que aqui denuncias, acerca do inconveniente de se haver nascido, para glosar o título do livro do Cioran, embora me pareça que, enquanto não nos libertarmos da necessidade de nascer condicionados pela nossa ignorância e acções passadas, o nascimento no mundo humano nos ofereça uma das melhores possibilidades de libertação, desde que nos orientemos nesse sentido. Agora, uma vez libertos do nascer e morrer, porque não renascer vezes sem conta, para orientar os outros nesse sentido!? Palavras estranhas para muita gente, mas que tu entendes.
Um Abraço
O grande pressuposto da filosofia da saudade é que pré-existimos a existir...
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