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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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16 comentários:
Nesse sentido, é bom desapare-ser. Para se Ser e cumprir-se.
:)
Beijinhos enormes para si, Luiza*
Depende de que Destino se fala: a Liberdade ou a Fatalidade? A necessidade da liberdade ou o Fatum da escravidão?
Esta é uma grande e grave questão. Excelente aforismo.
DDT: Destino, Desaparecimento, Transfiguração.
:)
O fim do cárcere privado. A utopia mais radical.
:)
Só se saíres do fado de ser.
Querer forçar-se ao incriado e a desfazer-se como criatura é ser-se malcriado com o Criador. Influências de Eckhart?
O teu criador é o Diabo que encerra as criaturas no fado de ser, nascer e morrer.
E tu nem diabo és, porque odeias o bem e o mal, sem os transcender. És um condenado. Já te libertaram da caverna, ó criatura maldita!? Belas visitas tem este blog...
Este blogue anda divino-diabólico, como dizia o Raul Leal do Espírito Santo. O que tu provocas, Luiza!
Mas também te pergunto, por defeito de profissão, o que entendes nesse belo e enigmático aforismo por Destino.
Ò único destino é a corrosão. Nem os deuses escapam! Hi, Hi, Hi!
O enigma inerente não está ao alcance das (minhas) palavras mas do olhar.
O Destino é a Experiência Plena. ( Prefiro evitar termos como culminação, princípio ou caminho )
Posso acrescentar algumas considerações que fazia no Momento ditado: parece que aguardamos pelo entardecer para realizar a noite Plena e, no entanto, continuamos (in)voluntariamente a raiar de saudade da madrugada: é como se no movimento imparável para a entrada (no Destino) haja um impulso (in)voluntário de recuo para pará-lo (ao movimento)intensificando-o e a nós próprios só que não nos permitindo largar n’ele.
E quando de facto o fazemos, Desaparecemos: Pleno é Pleno.
Gosto do Destino como Experiência plena. Mas porque reaparecemos, então? Porque sobrevivemos à Experiência plena? Porque sobrevivemos a cumprir-nos?
Por não ser plena a Experiência que o é?
Não me respondas, Paulo Borges, que não reaparecemos porque nunca aparecemos nem desaparecemos, por mais que saibas ser essa a verdade!
Coitados, são como o Bernardo Soares: queria saltar para fora de Deus, do ser e do não ser... Mas ao menos esse sabia que desejava o impossível. Não passam de adolescentes a divertir-se com palavras.
Quando se entra, sai-se?
Paulo,
As aparências e (re)aparições não se desintegram da Experiência Plena, nem se presumem (des)existir no Desaparecimento que refiro.
Um sorriso a todos vós
Isso deve ser porque o vazio é a forma e a forma o vazio...
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