O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Pur’Amor


Há imagens que só têm silêncio, disparam flashes facultando vistas de que não se sabe falar. Há coisas que se vêem luminosas de que não se lhes consegue arrancar a obscuridade. Não está nos sentidos, se os quisermos delimitar, porventura estará nos inomináveis, e com certeza está no que se sente, nas Estações da Hora, do Dia, da Vida. Primavera, Verão, Outono e Inverno, cada uma dirigindo-se e mergulhando na outra de si nunca deixando o que percorre ou penetra de ser outra coisa que não o que sempre foi, é e será, impenetrável por natureza.

Às vezes falamos não sobre o que vemos mas de um reflexo que fala connosco: ouvi uma paisagem Pacífica e Bela cuja reflexão tomou os seguintes termos: Esta Vida que (nos) Mata…



6 comentários:

Anónimo disse...

A Vida mata quem não morre nela.

Anónimo disse...

Pur'Amor ou Fin'Amor?

Anónimo disse...

Que importam as imagens do homem perante a imagem que é o homem?

luizaDunas disse...

BonDia,

Precisamente por se morrer nela ela nos mata.

O homem-imagem, símbolo, alegoria... importa-se.

Anónimo disse...

Na imagem de Deus findam todas as imaginações...

Anónimo disse...

a "Bela" deste texto responde com um abraço fundo.