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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
Se estiver interessado em Cursos de Introdução à Meditação Budista e ao Budismo, bem como sobre outros temas, como Religiões Comparadas, Fernando Pessoa, Mestre Eckhart, Saudade, Quinto Império, contacte: 918113021.
8 comentários:
"A luz divina é contemplada através da noite divina e esta noite divina é descoberta pelo ocaso das luzes. Aí, o que é claro escurece, o que é grande decresce, o que é humano fica deificado, e o que é desconhecido mais desconhecido fica" - Pedro Hispano (Papa João XXI), in Teologia Mística. Textos de Pedro Hispano e Tomás Galo, ed. bilingue latim-português, trad. de Maria Leonor Xavier, Lisboa, Ésquilo, 2008, p.49.
"Trindade supra-substancial e supra-divina, perscrutadora super-bondosa da divina sabedoria cristã, guia-nos ao superdesconhecido, superesplendente e supremo vértice dos elóquios místicos, onde os mistérios simples, absolutos e inconvertíveis da teologia ficam cobertos pela treva ocultamente superesplendente do dito silêncio, que faz superesplender o superclaríssimo na máxima obscuridade, e que, na total intangibilidade e invisibilidade, faz superabundar de superbelas claridades, as mentes sem olhar" - Pseudo-Dionísio, o Areopagita - Ibid., pp.49-50.
"E que é o medo ? É o Deus anterior aos Deuses... a última força misteriosa...
Para fugir à sua sombra, Jeová criou a luz" - Teixeira de Pascoaes, "Verbo Escuro".
Deus é a "treva mais que luminosa" (Pseudo-Dionísio), oculta do mundo e das mentes com olhos, que por verem são cegas para a tenebrosa luz do absoluto, ou Deus, o Deus criador, é o que disso (de si) foge na criação do mundo, no "Fiat Lux" que faz do "sol" o "esplendor da vulgaridade" (Pascoaes) ? Ou uma coisa e outra é isso a que chamamos mente, que pode saber permanecer no escuro da não conceptualização ou, como uma criança com medo, só adormecer após acender a luz que a sossega fazendo-a sentir-se num mundo conceptualmentre domesticado ? Como este em que andamos todos a dormir acordados ? Ou então, desculpem, apenas eu...
Quando foste comigo para a cama prometeste que não tiravas fotografias !...
Esta foto vale mais que todos os tratados de teologia negativa e mística...
Mas isto, afinal, não é foto nenhuma !...
Por isso mesmo !... Só "foto nenhuma" poderia captar Deus...
E o Obscuro disse: - Como revelar um rosto que outro deus esconde?
Deus gosta do quarto escuro, onde quem não vê... apalpa...
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