O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A última fotografia do filme


4 comentários:

Ana Margarida Esteves disse...

Que mão e pele magnífica! Que filme é este?

Ana Moreira disse...

Nunca uma mão se pareceu tanto com uma asa... Que leveza!

Anónimo disse...

Filme ! Qual filme ? ! O que restava na máquina...

Anónimo disse...

Muito Renascentista... equilíbrio, leveza, composição e luz...
Faz lembrar Boticelli, Miguel Ângelo, na pintura de alguns tectos...sei lá, aquela pintura em que estão os dois filósofos (Sócrates e Platão)... um deles segura um livro... há umas escadas...
ou o põr de mão de uma bailarina, daquelas que, não sei porque golpe de asa venceram a gravidade...
Está muito bonita... úm fugidio gesto de despedida...