O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 10 de novembro de 2009

comentário a um post sobre MUROS


sócio-económicos, éticos, morais, de sensibilidade - muro à nossa volta é coisa que não falta.
NiNa, menina mesmo, sabes, a maior parte e os mais intransponíveis são construidos dia-a-dia, pedra-a-pedra por nós próprios.
até nos tirarem visibilidade para o mundo, depois nos estrangulando, nos apertando como um anel de fogo até nos sufocar por completo

acredita, NiNa, grandes são os muros que não nos cansamos de erguer à nossa volta
bom seria que começássemos por desmontá-los - mais rápido ainda do que como os construimos

beijos

10 de Novembro de 200

2 comentários:

João de Castro Nunes disse...

O mal... é construirmos muros em cima e à volta de outros muros! Isto... já só a murro! JCN

Iolanda Aldrei disse...

Todos eles, com o esforço a deitar, para sermos... apenas... nus, mas nós.
Abraço.