quarta-feira, 18 de novembro de 2009
cacimbo
Emanação das águas interiores à terra e do mar que envolve o ar que respiramos, nos envolve criando essa finistérrica suspensão entre a morte e a vida, que pode ser perigosa ou benfazeja mas nos agarra com seu abraço de pluma para recordar-nos algo. Não esquecendo que os espíritos, aqui, tradicionalmente vivem no inferno, quero dizer, debaixo da terra, sendo portanto a emanação da água libertada para o ar como que uma fala deles. Não vem, por isso, o cacimbo do céu propriamente, porque o espírito repousa no interior da terra, como sucedia em muitas tradições pré-cristãs. E, porém, esta foto me parece que transduz também aquela etimologia vieirina que li algures...
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4 comentários:
Vossemecê acredita nas "etimologias vieirinas"?!... Vá-se confessar, homem! JCN
da fotografia...
Diáfana madrugada que se afunda no abismo resplandecente esvaído à superfície dos grandes objectos 'ausidos' de quaisquer unas sombras. Todo o espaço filtrado pela cinza difusa que nubla as formas ao trespasse da radiação.
Grato Soantes,
grande abraço.
Belíssima fotografia!
Gosto imenso desta fotografia e deste texto, Francisco! Proponho que os publiques também na ENTRE, pois fazem lá muito sentido.
Abraço
Estou indo ... confessar-me ao Entre ... para rezar os pecados ... das almas doentes
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