O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 17 de novembro de 2009

já pintou telas sobre telas
Usou palavras coroadas de espinhos
Puxou a linha para uma agulha e costurou-se
Disse ar quando tinha água na boca
No dia em que falou mais que o amor
Não soube dizer mais do que a sua ignorância

4 comentários:

João de Castro Nunes disse...

De metáfora em metáfora... excede a minha capacidade de compreensão, embora não deixe de lhe sentir a poesia. Metáforas... ou paradoxos?JCN

Flávio Lopes da Silva disse...

ambas as coisas.
a interpretação real não nos leva à Poesia.
flavio silver

João de Castro Nunes disse...

À Poesia... não se chega por caminho nenhum: ou se tem... ou não se tem! JCN

Flávio Lopes da Silva disse...

e quem falou em caminho??