O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


domingo, 8 de novembro de 2009

Com um programa muito interessante, onde aparecem os nomes de Joaquim Furtado, António Escudeiro, Adriano Moreira, Carlos magno, Ana Moura, entre outros.

7 comentários:

João de Castro Nunes disse...

É pena não estar representado o concelho de Góis, que é a região do país em que melhor se fala a língua portuguesa e que pretende arvorar-se em capital da lusofonia! A considerar. JCN

Anónimo disse...

Fico contente que seja a minha terra natal a proporcionar esse encontro. Que bem! Que feliz!
... e ver a "minha casa" onde a praça era o mar...

Obrigada pela divulgação, Luis!
Talvez lá esteja. Tenho esse desejo.

Um abraço.

Rasputine disse...

A Lusofonia é a nova miragem do D.Sebastião alucinado no deserto.

Anónimo disse...

A-luc-i-nado(íssimo)!

Chegará do deserto em Lux-fonia!

Mesmo assim... irei... sempre é o Desejado!

Só que o desejado, Raputine, penso... não tem Pátria! (Se não penso...) continuo a achar que não há lugar situável para o insituável...:)

Um bom domingo, Rasputine.

Estudo Geral disse...

Abraço saudades. Eu também gostaria de lá estar, mas vai ser muito difícil, dados os afazeres profissionais e familiares que se avizinham. Se acaso lá for, diga qualquer coisa.

João de Castro Nunes disse...

A MAIS PURA FLOR DO LÁCIO

Que bem se fala em Góis! é uma delícia
ouvir a sua gente conversar,
sendo possível, mesmo sem perícia,
o seu vernaculismo... constatar!

Tem laivos de Camões e Bernardim,
de Luís da Silveira e D. Dinis
que termo pôs ao uso do latim
e "fez na vida tudo quanto quis"-

O português de lei que em Góis se fala
o tom possui de música de sala
e a limpidez sem mácula do Ceira.

Supera o de Coimbra, seu padrão,
talvez tão-só pela única razão
da sua aristocrática craveira!

JOÃO DE CASTRO NUNES

Paulo Feitais disse...

Mesmo debaixo do peso megalítico do soneto, deixo aqui o meu comentário em forma de abraço!
É bom saber que há uma lusofonia viva!
E que essa riqueza não é só de alguns, para muito poucos.
Abraço!
:)