O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 17 de setembro de 2011

Eurídice

Eurídice (Eurydike):
Uma Dríade, mulher de Orfeu;
Filha de Laomêdon e de Esparta, de sua união com Acrísio nasceu Danae;
Mulher de Licurgo, rei de Neméia, e mãe de Arquemoro;
Mulher de Creonte, rei de Tebas, que se matou ao receber a notícia do suicídio de seu filho Hêmon.

Eurídice é sempre a Mulher, independentemente das múltiplas versões da sua genealogia.

Eurídice deixou-se morder pela cobra. Ela sabia ser necessário descer ao inferno e permanecer lá algum tempo. Orfeu é que não se entende. Tristemente, a intimidade é castigada no final. Orfeu pode ser um pouco maçador na sua fidelidade limite. Em todo o caso, é de um Orfeu que a humanidade precisa.

2 comentários:

Anónimo disse...

Uma tragédia grega. Quase que confundia Eurídice com Eurípides, o da "Ifigénia em Áulis". Mas não.

Cláudia Oliveira disse...

Caro Ferro Velho,
uma tragédia grega que para Gluck teve um final feliz.
abraço.