O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Fim

...não é palavra última, é penúltima...

6 comentários:

platero disse...

qual é então a última?

se é que há

abraço

platero disse...

é evidente que a poesia não se explica. E cada um deve entendê-la a seu modo

impertinente por isso a pergunta que acabei por tornar pública

abraço

rmf disse...

... não sei o que escrevi, se é que escrevi alguma coisa, (como tantas outras coisas que não sei se escrevi)...

daí também esta partilha.

Abraço, Platero!
aquele agradecimento

-

p.s.

Há última? - queiramos agora ultrapassá-la, tomando-lhe novamente a posição.

Isabel Metello disse...

Gostei! Eu sugeriria a palavra recomeço :)

rmf disse...

Obrigado, é uma excelente sugestão. Abraços :)

ethel disse...

sem nunca ser
último
sendo sempre
o primeiro

e outro depois