O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 12 de outubro de 2010

"Ouvi um riso que não era um riso humano, e agora devora-me uma sede, uma ânsia/saudade [Sehnsucht] que nada aplacará"

“Ó meus irmãos! Ouvi um riso que não era um riso humano, e agora devora-me uma sede, uma ânsia/saudade [Sehnsucht] que nada aplacará.

A minha ânsia/saudade [Sehnsucht] daquele riso devora-me; oh!, como posso tolerar ainda a vida! E como tolerar agora a morte!”

- Friedrich Nietzsche, Assim Falava Zaratustra.

3 comentários:

platero disse...

Paulo

meu miserável escrito pousou na Serpente por engano.
quando dei pelo lapso, pensei apagar.
Recuei no gesto, porque me apercebi não ficar completamente fora de contexto

abraço

rmf disse...

Não oiço qualquer riso, nem humano, nem inumano. Vejo sim um sorriso, esgar de memória, e nem a ânsia, nem a saudade, o apagará.

Grato por esta partilha, Paulo.

Paulo Borges disse...

Platero, não estou a perceber...