Em barco de cristal, pluma de vela, ou poesia
Amor de dor, amor daqui, amor de cor
Em canto que estremeça a noite e o dia.
Amor que de mim mesma me levante
E dos meus véus se eleve a voz que cante
O mesmo amor me envolva de espaço e de lonjura
Que ao mar regresse, amor a dor que mata e cura.
E deste amor de viagem, de paisagem
Me chegue mais Amor em barca fria
Para que o abraço, o fogo, o laço, o braço
Me leve, amor, à praia em que a cantar morria.
A essa ilha de sal, de vela e de coral
Ilha onde afundo o peito na vastidão da pena
Estátua de sol a deitar-se no vale
Ilha onde o Mar gigante se apequena.
Para que amor não chegue e me não cure
Leva-me,enfim, amor, onde não dure
A tua ausência tanto que dormida
Eu suba em tuas pernas ao céu da despedida.
Amor de dor, amor daqui, amor de cor
Em canto que estremeça a noite e o dia.
Amor que de mim mesma me levante
E dos meus véus se eleve a voz que cante
O mesmo amor me envolva de espaço e de lonjura
Que ao mar regresse, amor a dor que mata e cura.
E deste amor de viagem, de paisagem
Me chegue mais Amor em barca fria
Para que o abraço, o fogo, o laço, o braço
Me leve, amor, à praia em que a cantar morria.
A essa ilha de sal, de vela e de coral
Ilha onde afundo o peito na vastidão da pena
Estátua de sol a deitar-se no vale
Ilha onde o Mar gigante se apequena.
Para que amor não chegue e me não cure
Leva-me,enfim, amor, onde não dure
A tua ausência tanto que dormida
Eu suba em tuas pernas ao céu da despedida.