Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
A verdadeira revolta
Creio que uma das atitudes fundamentais do homem humano deve ser a de reconhecer em si, numa falta de compreensão ou numa falta de acção, a origem das deficiências que nota no ambiente em que vive; só começamos, na verdade, a melhorar quando deixamos de nos queixar dos outros para nos queixarmos de nós, quando nos resolvemos a fornecer nós mesmos ao mundo o que nos parece faltar-lhe; numa palavra, quando passamos de uma atitude de pessimista censura a uma atitude de criação optimista, optimista não quanto ao estado presente, mas quanto aos resultados futuros – Agostinho da Silva, "Revolta", Glossas [1945], in Textos e Ensaios Filosóficos I, pp.58-59.
Pelos vistos não há muitos homens humanos...
ResponderEliminarRevoltemo-nos, ó medíocres, contra nós mesmos!
ResponderEliminarPaulo, agora lembrei-me em face desta magnífica reflexão ética de Agostinho da Silva de um comentário de Hermano José Saraiva que ouvi há uns anos, e que sempre me ficou:
ResponderEliminar" Com tesouros destes não temos o direito de empobrecer! ".
É verdade, Luíza, mas a maior miséria é a de ignorarmos o tesouro que somos, o da potencialidade que nos encobrimos...
ResponderEliminar