Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
e mais isto
É toda a falta de um Deus verdadeiro que é o cadáver vácuo do céu alto e da alma fechada. Cárcere infinito - porque és infinito, não se pode fugir de ti!
Sim, mas da angústia ontológica não consegui fugir ainda, ou não consegui deixar de querer fugir. Por vezes parece-me que se trata só de uma decisão bastante simples e voluntária: o redor há-de ofuscar-se e dar lugar à ausência de redor. A partir daí talvez seja possível dançar no Caos. Ou melhor, no Chaos. Mas percorrer o caminho até lá há-de ser já participar um pouco desse estado, é o que desejo. Percorrer o caminho e deixar-me percorrer por ele.
Agradeço as suas palavras, fizeram-me reflectir e repensar melhor. Quando falei acima de decisão simples e voluntária creio que é apenas simples, mas não decisão nem voluntária. É apenas um libertar-me de tudo aquilo de que não necessito de me libertar pois, sou já, livre. É um simples olhar em redor e para dentro e para Tudo e para Nada e para Todos e para Ninguém e descobrir que tudo isso já está em Todos e em mim e em Tudo e em Nada. É mais simples até, é um recostarmo-nos numa cadeira e fechar os olhos, tendo consciência desse Tudo e Nada mas sem que esse Tudo que é Nada seja nada mais do que pura união e desunião, dança e recolhimento, êxtase e calma, êxtase da calma, verdade, sabedoria, a Vida na sua profundidade: Deus, o encoberto sem véu.
Mas pode-se deixar de querer fugir e deixa de haver falta, cadáver, fechamento e cárcere...
ResponderEliminarSim, mas da angústia ontológica não consegui fugir ainda, ou não consegui deixar de querer fugir. Por vezes parece-me que se trata só de uma decisão bastante simples e voluntária: o redor há-de ofuscar-se e dar lugar à ausência de redor. A partir daí talvez seja possível dançar no Caos. Ou melhor, no Chaos. Mas percorrer o caminho até lá há-de ser já participar um pouco desse estado, é o que desejo. Percorrer o caminho e deixar-me percorrer por ele.
ResponderEliminarSerá assim porque já o é. Tu és Isso. Tudo é Isso.
ResponderEliminarUm Caos dançante.
Tu és isso.
ResponderEliminarO salto para fora e para dentro de mim, em simultâneo, o salto para fora e dentro de Deus, que não é salto algum?
Isso.
ResponderEliminarAgradeço as suas palavras, fizeram-me reflectir e repensar melhor.
ResponderEliminarQuando falei acima de decisão simples e voluntária creio que é apenas simples, mas não decisão nem voluntária. É apenas um libertar-me de tudo aquilo de que não necessito de me libertar pois, sou já, livre. É um simples olhar em redor e para dentro e para Tudo e para Nada e para Todos e para Ninguém e descobrir que tudo isso já está em Todos e em mim e em Tudo e em Nada. É mais simples até, é um recostarmo-nos numa cadeira e fechar os olhos, tendo consciência desse Tudo e Nada mas sem que esse Tudo que é Nada seja nada mais do que pura união e desunião, dança e recolhimento, êxtase e calma, êxtase da calma, verdade, sabedoria, a Vida na sua profundidade: Deus, o encoberto sem véu.
ISSO
ResponderEliminar