sábado, 15 de agosto de 2009
Uma nova civilização
"Não se trata pois de encontrar "soluções" para certos "problemas", mas de visar uma alternativa global ao estado de coisas existente, uma nova civilização, um modo de vida outro, que não seria a negação abstracta da modernidade, mas a sua "sobresumpção" (Aufhebung), a sua negação determinada, a conservação das suas melhores aquisições e a sua superação rumo a uma forma superior da cultura - uma forma que restituiria à sociedade certas qualidades humanas destruídas pela civilização burguesa industrial. Isto não significa um regresso ao passado, mas um desvio pelo passado, em direcção a um novo futuro, desvio que permite ao espírito humano tomar consciência de toda a riqueza cultural, de toda a vitalidade social que foram sacrificadas pelo processo histórico desencadeado pela revolução industrial e procurar os meios de as fazer reviver. Não se trata pois de querer "abolir" o maquinismo e a tecnologia, mas de os submeter a uma outra lógica social - isto é, de os transformar, reestruturar e planificar em função de critérios que não são os da circulação das mercadorias: a reflexão socialista autogestionária sobre a democracia económica e a dos ecologistas sobre as novas tecnologias alternativas - como a geotermia e a energia solar - são primeiros passos nesta direcção. Mas são objectivos que exigem uma transformação revolucionária do conjunto das estruturas socio-económicas e político-militares actuais"
- Michael Löwy / Robert Sayre, Révolte et mélancolie. Le romantisme à contre-courant de la modernité, Paris, Payot, 1992, pp.301-302.
- Michael Löwy / Robert Sayre, Révolte et mélancolie. Le romantisme à contre-courant de la modernité, Paris, Payot, 1992, pp.301-302.
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3 comentários:
Destruamos a máquina.
este home é so cuultura do readers digest lol
depois de jantar com o louçã, fica-se assim.
são mais valores para carregar em vez do não, o burro nietzschiano que diz i-on (traduzindo para português)
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