O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

máquinas


não consigo deixar de pensar que sou uma peça numa máquina. há muitas máquinas em pleno funcionamento. uma pequena, una e simples peça que desaparece sem deixar rasto sendo imediatamente substituída. ainda poderia ter alguma espécie de orgulho por fazer a máquina funcionar e venerar o milagre da união, mas não.

2 comentários:

João de Castro Nunes disse...

A ANILHA

Na evolução que rege o ser humano
não somos mais que um elo da cadeia,
menos talvez que uma onda no oceano
ou no universo inteiro um grão de areia.

Anterormente a nós houve milhões
de criaturas que nos precedendo
na base estão de novas gerações
que nos irão sem termo sucedendo.

Na engrenagem da máquina da vida
unicamente somos uma anilha
que só por si não se distingue ou brila.

A verdade, contudo, é que sem ela,
sem essa desprezível bagatela,
ficava a construção comprometida!

JOÃO DE CASTRO NUNES

séria questão disse...

JCN, a anilha não é uma coisa que se põe em todas as pombas giras? Ou é só na do espírito santo?