O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

SOLIDARIEDADE

não é solidário quem diz
:
"hoje por ele
amanhã por MIM"

17 comentários:

João de Castro Nunes disse...

Felicitando e alinhando:

Bem fazer ao semelhante
no retorno estar pensando
não tem mérito perante
um qualquer considerando!

JCN

Isabel Metello disse...

Ora aí está uma grande verdade! A generosidade interesseira é autonegacional (eu nem sei se existe esta palavra, mas sai-me sempre e a Língua evolui pelo erro, como tudo e todos, aliás...:)...agora, que há tb quem projecte nos outros em espelho aquilo que seria incapaz ou capaz de fazer tb é uma verdade! Enfim, já vi de tudo um pouco e cada exemplar com que me deparo, surpreendentemente, ainda é capaz de me surpreender, embora já me (quase) tudo me pareça um déjà vu, um remake, uma reposição, tipo aqueles filmes da RTP repetidos à exaustão. Dá vontade de gritar :) "tirem-me deste filme, ponham-me num dos do Jonhy Weissmuller ou do Paul Newman, dois Homens Lindos por fora e por dentro (espécies sempre raríssimas, a par tb do género feminino- daí o catálogo prêt-a-porter da identificação dos outros que, não raro, descamba na própria ridicularização ao espelho...lamenta-se, mas é a verdade que as teclas me levam a concluir- elas hoje parece que escrevem sozinhas :)))

Isabel Metello disse...

Ah, não, já detectei a causa num outro comentário que fiz noutra plataforma- o http://www.yenportugal.com/- foi esta :) http://slowbusynestsnowfuzzyrest.blogspot.com/2011/11/apresentacao-da-obra-de-pedro-nunes.html (chama-se a isto storytelling...uma tendência sociocomunicativa dominante em mentalidades Anglo-saxónicas:)um horror para mentes Latinas, que apreciam muito a segmentação da tríade cultura erudita, cultura pop, cultura popular, ainda que façam alarde da defesa da democracia e da Liberdade, Igualdade e Fraternidade (na maior parte das vezes, preponderante e somente na teoria...:)...eu prefiro a matriz mais pragmática- ao menos, sabe-se com o que se conta e não há cá reunites agudas, vai-se directo ao assunto...

João de Castro Nunes disse...

Nossa Senhora!... JCN

João de Castro Nunes disse...

O conceito é velho como a sé de Braga; o vestido é que é novo, talhado pelo subtil engenho literário do Platero: simples, breve e acutilante Essa é que é essa! JCN

João de Castro Nunes disse...

Uma bala em linha recta,
sem parábola fazer,
chega mais depressa à meta
sem sua força perder!

JCN

Isabel Metello disse...

JCN. não me fale em Braga que se me arrepiam as meninges, por essa mesma lógica sofista que arrenego...adiante :) foi disparada uma bala? ah, por cá, há só bazukas e canhangulos- tb são certeiros e são mais abrangentes- são como aquelas bolas de bowling que arrasam logo com 10- i.e., se se tiver uma boa pontaria :))) eu, à falta de uma tabela de basket, vou treinando no caixote do lixo, na linha de reciclagem de materiais e seus propósitos multitasking :)))

João de Castro Nunes disse...

Nossa Senhora! JCN

João de Castro Nunes disse...

Seja menos redundante,
cara Senhora, se quer
mais eficiente ser
deste momento em diante!

JCN

Isabel Metello disse...

Adoro a redundância, pois, no fundo, é no Círculo da Vida que está o ser-se. Sua Eminência preocupe-se em restaurar o seu ser, que já terá muito trabalho a fazer, com a devida vénia, mas sem salamaleques nem subserviência, pois não dobro a coluna nem perante Excelências- só me ajoelho perante Deus e Os Seus Representantes não Escolhidos pela humanidade, mas por Ele....como tal, comigo, e com uma grande pontada no coração tenho de reforçar que está a gastar o seu Latim e munições em vão- já nasci com um colete anti-balas incorporado apesar de só há bem pouco tempo do facto me ter consciencializado e lá voltamos ao Ciclo da Vida. Olhe, aqui fica uma música que me encanta :) http://www.youtube.com/watch?v=vX07j9SDFcc

João de Castro Nunes disse...

Olhe que a minha alusão,
ao contrário do que pensa,
não constitui uma ofensa
mas prova só de atençao!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Em que ficamos: ciclo ou círculo? JCN

Isabel Metello disse...

Sua Eminência tem toda a razão, a escrita brainstórmica levou-me a juntar o Círculo ao Ciclo...pensando bem qualquer Ciclo é Circular ou não???vou pensar no assunto enquanto durmo, pode ser que possa ser esclarecida, quiçá, com um sonho ou mesmo um pesadelo circular (é que até os pesadelos são esclarecedores, melhor são até mais esclarecedores que os sonhos...boa noite e até amanhã :)))

João de Castro Nunes disse...

De andar às voltas não gosto,
perdendo tempo e feitio:
quando aceito um desafio,
não lhe viro nunca o rosto!

JCN

Isabel Metello disse...

Sua Eminência esquece-se que, muitas vezes, temos de experienciar o que nos parece, no momento, difícil de suportar, mas que mais tarde, nos apercebemos ser crucial para nos fazer desabrochar, daí que o Ciclo seja em Círculo, para que possamos chegar ao mesmo ponto, mas já modelados pelas contingências que nos devem mais do que desalentar aprimorar...
Ora são esses obstáculos transformados em desafios que nos fazem evoluir até que as Parcas nos resolvam cortar os fios e, de novo, cá voltarmos para cumprirmos o Ciclo até que este possa circular sem um pedacinho de matéria o macular...
Assim sendo, compartilho da sua postura :) nunca virar o rosto, a não ser quando nos deparamos com a impostura (esta palavra existe?:)ou mesmo com a usura ...
...a propósito tive mesmo um grande pesadelo circular que até me fez o Freddy Krugger relembrar (vade retro! :))) vamos ver o que me reserva a tela de cinema de Morfeu hoje...até amanhã :)

João de Castro Nunes disse...

Quando um dia eu for embora,
não penso cá regressar:
para me realizar,
chegou-me tempo de agora!

JCN

Isabel Metello disse...

Sua Eminência se já purificou, parabéns, não voltará à mundanidade, caso contrário retornará até estar pronto para a Eternidade :) olhe, por mim, que Deus me faça reencarnar numa gaivota, mas na Austrália, pois deste país já estou pelos cabelinhos e, na próxima, não quero ficar pelas peninhas...