há que ter cuidado
não és novo
és um rio cansado
próximo da foz
já quase Mar
já quase nada
manso rio anónimo
onde raro chega
a enxurrada
não és tu que matas
para trás ficou
o ímpeto das ondas
próximo do Mar
és uma toalha
de esconder cadáveres
Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
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4 comentários:
já quase Mar, já quase nada
manso
rio anónimo
Muito bonito, Platero
já quase tudo!
beijo
se não nos elogiarmos mutuamente estamos perdidos.
Fica meu e-mail para conversar:
asaias@sapo.pt
beijo
parabéns...
Coelecanto
parabéns a quem
ao poema
ou
a mim?
abraço
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