domingo, 28 de agosto de 2011
O Embaixador
Abraça-me com carinho, pergunta pelos meus. Diz a sorrir:
- Ah, a vida está dificil! Sou um desalojado... Colocaram-me como embaixador em África. Vou viver numa casa de mil metros quadrados, com quatro empregados...
Tento devolver o sorriso, mas todos os musculos estão presos. Disfarço o choque e com meu olhar nos sapatos dele, pergunto:
- E por cá, onde vives?
- Ah, tão mal. No prédio de um primo. São seis andares inteiros e três empregadas...
Digo que tenho pressa. Se meu estômago fosse um cão, mordia.
- Ah, a vida está dificil! Sou um desalojado... Colocaram-me como embaixador em África. Vou viver numa casa de mil metros quadrados, com quatro empregados...
Tento devolver o sorriso, mas todos os musculos estão presos. Disfarço o choque e com meu olhar nos sapatos dele, pergunto:
- E por cá, onde vives?
- Ah, tão mal. No prédio de um primo. São seis andares inteiros e três empregadas...
Digo que tenho pressa. Se meu estômago fosse um cão, mordia.
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3 comentários:
invejável desalojado
quem dera
beijinho
O interessante disto, é que foi tudo verdade. Pobres miseráveis, ignorantes que não tem pejo em brincar com pobreza!
Esse tipo de criaturas nefastas, cujo umbigo as prende à vida quando as deveria, progressivamente, fazê-las projectar para Quem ou O Que os Fez um processo inverso de descentração são mesmo uns imorais com festas de caridadezinha apócrifas com direito a discursos muito finos...
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