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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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9 comentários:
gostei
abraço
frio.....> búzio vazio
a ideia é forte. A mim, pelo menos, foi matéria para me fazer pensar.
ainda hoje de manhã era invadido pela metáfora - vazio como desabitado, sem vida, sem o dono, sem o construtor. Frio, só pode
por oposição a calor em búzio vivo, habitado, eternamente em construção.
obrigado por isso
abraço
Têm razão, se calhar, a vida evadiu-se e o calor foi com ela...-mas a reconstrução contínua implica uma evasão, não? sei lá eu!
abraço reconstrutuvo ou já ausente
Mas gostei muito e subscrevo- as conchas apanhadas vivas são as que detêm maior valor para os humanos...sei-o porque sou Filha da pessoa que detém a maior e melhor colecção de conchas do Índico...ouço numa delas o Mar há muitos anos...é como se à ausência de vida o Mar a compensasse...
isabel
lamento desiludi-la mas a melhor/mais completa coleção de conchas do ÍNDICO devia estar em Porto-Amélia, hoje PEMBA, e propriedade de um amigo e conhecido meu - o regente agrícola Manuel Soares.
não se trata de uma disputa mas algumas vezes vi referências sobre isso. A Rainha da coleção era (deve ser ainda) uma venenosa mas linda Gloria Maris, de que só há raros exemplares
beijinho
Não, Platero, o meu Pai nunca pôde catalogá-las, mas tem a mais completa colecção de conchas dos mares do Índico- a circunstância pode ser comprovada até por um Museu outdoors que nela estaria interessada...espero que, um dia, eu possa dar ao meu Pai o sonho de as catalogar e então verão...não estou em competição alguma...não compito em campeonatos que não são os meus...
Quanto à "linda e venenosa Gloria Maris", não há maior veneno do que o (des)humano e habituei-me, desde muito piquena (esta é só para reforçar o estereótipo :), a lidar com lacraus, surucucus e demais animais que picam como o peixe aranha- quando os pisam ou querem pisar (e olhe que já fui picada por um e logo na praia da Luz antes do key media event e dei-lhe toda a razão- eu é que o pisei, sem querer, mas pisei-o e ele ripostou, com toda a JUSTIÇA do mundo :)...ao contrário da lógica desumana que mata por prazer...
Claro que com esa informação lamento desiludi-lo a si e ao seu Amigo Manuel Soares, que teve possibilidades (e ainda bem! :) de as catalogar...eu sonho com um dia poder dar essa possibiilidade ao meu Pai- vou ficar tão feliz de o ver cumprir um sonho há tanto tempo almejado!...ainda fquei mais abismada quando, em Cardiff, vi no Museu 5 meras conchitas que diziam ser do Índico com um destaque como se estivesse ali algo inédito...quando eu já vi tantas conhas da colecção do meu Pai que parecem telas marítimas...creio que era Dalí que chamava às borboletas "telas esvoaçantes"...eu preferia que as conchas estivessem no seu habitat natural, mas o meu Pai tinha esse hobby- partia à noite com os seus homens para o mar...quem sabe um dia o poderá conhecer e aí constatará o que digo aqui...
claro que não é preciso conhecer o seu pai para confirmar veracidade do que diz.
se ele tem essa excelente coleção, por que não contactar autoridades moçambicanas - olhe, Mia Couto, Professor acho mesmo que de biologia ou afim na Universidade Mondlane, no Maputo.
ou querem que toda essa riqueza se transforme em LIXO?
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