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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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6 comentários:
Amigo Rui,
Os búzios, espirais que recebem no vazio do seu interior o som do mar, que ora repousa em corpo ardente, ora contra a falésia embatem a espuma e vento do seu frio, são como vazio cantante, oração de gaivotas na praia; crianças que ora dormem ora choram na areia como se não houvesse mais mundo que os seus dedos a segurar balões que são o sol que sempre se põe dentro dos búzios guardados e nasce nos dias tão longos que o mar não os cobre por inteiro. Os búzios são como saudades do mar: são da ausência e da lembrança, a sua voz mais presente.
Beijos e boa continuação de férias, se for o caso.
P.S. Um dia, iremos atirar “as ditas folhas” às montanhas mais altas. Estarão lá ainda os cisnes? Guardaremos um búzio que terá o nenhumnome de nenhum lugar. Um frio que “é um búzio vazio”.
ganda trapalhada veio aqui parar.
de qualquer modo - gostosa.
obrigado JCN
Eu tb gostei muito e, nenhumnome, linda a descrição...
...do búzio, que eu sou mais pró-judaica :) sou uma reaccionária típica...
Platero, ...'Lá fora a ocarina, partida e sem corcel acorda hoje Palestina aos braços de Israel'... porque me lembrei do que há tempos idos aqui poetei (sorriso). Mas o teu poema diz mais, creio, fala do que fala, exactamente, porque é verdadeiro na medida e na acção, não deixando ao leitor quaisquer dúvidas. Tanto de inquietante, como de 'desassossegante', 'leixe-se' o impropério. Tanta coisa para dizer que gostei! Abraço, verdejante e colorido, amigo!
Nenhumnome - nome de nenhumnome - li o que li, como se não fosse aqui, mas sim lá,
onde as folhas brancas balançam
como preces
ao vento da montanha
num pano branco
no fundo e de fora
de um murmúrio
de canto
e de sonho.
Grato Nenhumnome - nome de nenhumnome.
Pronto, já está.
:)
Queridos Platero,
Também gosto de "trapalhadas gostosas".:))) Esta não sei se é gostosa, mas é uma das "minhas". O Palestino é a casca do búzio o judeu é o búzio mesmo, e o interior do búzio, está lá no vazio dele...
Rui,
Abraço
"Pronto, já está!"
Isabel,
Que "trapalhada" essa de ter que escolher! ... :)
Abraços.
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