O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 17 de abril de 2012

dois poeminhas que andavam por aqui entre ruínas e poeira

AQUENTEJO

o Monte ao Sol
o poema de cal

não só de cal
que há em calor

-de cal
de calma

que é mistura
de alma
e cal


O SEGUNDO, de que eu teria pena se tivesse perdido

VIVA SOPHIA

eis
a secreta luz
tecida em Creta
-a mãe do Touro
e fonte

da voz límpida
de SOPHIA

de SOPHIA fugaz
de tão fugaz
perpétua

2 comentários:

João de Castro Nunes disse...

As jóias devem-se pôr
à vista de toda a gente
seja qual for o valor
que elas tenham no presente!

JCN

platero disse...

só há que manter alguma vigilância
por via dos ladrões

em tempos de crise

grande abraço, JCN