O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 24 de dezembro de 2011

penhamata

no imo do cimo o magma da penhamata
emana, irmana o perfume de cedros e montanha
na pele as rosas e os musgos,
o fado a chama, a chamada
os melros, os cerros, e a montada
na lunação do véu uiva a aurora,
a sede, acende, ascende, nascente.

5 comentários:

platero disse...

por que milagre
regressam os bandeirantes desta Selva?
É bom vê-los de volta
não nos sentirmos órfãos

abraços
Bom NATAL

João de Castro Nunes disse...

Por vezes a poesia
é também malabarismo,
arte, engenho, alegoria
cavalgando o simbolismo!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Como asas de borboleta
dançam no verso adejando
as palavras que o poeta
entre si vai concertando!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Anda em baixo a poesia
por falta de inspiração
ou talvez motivação
dada a crise de hoje em dia!

João de Castro Nunes disse...

Para o ser, a poesia
qualidade deve ter:
deve ter categoria
para o nome merecer!

JCN