quinta-feira, 9 de junho de 2011
SERES TERRA - Ode a uma Terra longínqua
Pequeno, pálido, um ponto azul...
Derivas só, numa via de poeiras.
Longe do centro, dizem-te em órbita,
no braço exterior de uma imensa espiral.
Não sei se cabes na palma da mão da Ilusão,
tu e a espiral e todas as poeiras,
exóticos e cintilantes faróis,
desta vastidão de negro.
Não sei se cabes na explicação da Razão,
tu e todos os cenários e acções,
evoluções e extinções,
deste vastíssimo vazio.
Palco sagrado, de Vida exaltante,
oceanos de brancos véus te cruzam,
cascatas vaporosas de chuvas evaporadas.
Líquido e azul preenche e ondula,
corre e atravessa ancestrais cicatrizes,
memórias de um anoso nascimento.
Gigante palco, de vida fulgurante. Sagrado!
Vestes verdes majestosos e dourados ardentes.
És corredor de todas as existências,
jardim de milhões de cores e odores
abundas de alma e ânimo de vida que flui.
Nos tempos idos, ficou a tua paisagem,
encerrados os Ciclos e as Eras.
Talvez, passadas Eras de vermelho te tingires,
inflamada e fundida na estrela que te ilumina,
sejas fugaz e refulgente recordação
em remotos universos.
Quiçá, ecos de ti ressurjam.
Num assomo de ousadia, qual navegador
num mar desconhecido, lançámos-te,
Terras de ti, além-espaço.
Náufragos errantes,
sonhámos quem nos salvasse da solidão!
Numa pioneira e complexa garrafa,
encerrámos a nossa chave.
Quão longe, quão distante no tempo?
Contornos esfumados de um mapa perdido,
fantasmas de seres cravados na eternidade,
vozes e lamentos de uma humanidade perdida.
Ecos e canções de uma Terra longínqua,
passada e em cinzas talvez dispersada.
Encerrados os Ciclos e as Eras,
perdida em tempos idos, ficou a tua paisagem
e os Seres, que de Vida, te sacralizaram!
(Sentir e Ser - 2011)
http://aworldinsideasoapbubble.blogspot.com/
Derivas só, numa via de poeiras.
Longe do centro, dizem-te em órbita,
no braço exterior de uma imensa espiral.
Não sei se cabes na palma da mão da Ilusão,
tu e a espiral e todas as poeiras,
exóticos e cintilantes faróis,
desta vastidão de negro.
Não sei se cabes na explicação da Razão,
tu e todos os cenários e acções,
evoluções e extinções,
deste vastíssimo vazio.
Palco sagrado, de Vida exaltante,
oceanos de brancos véus te cruzam,
cascatas vaporosas de chuvas evaporadas.
Líquido e azul preenche e ondula,
corre e atravessa ancestrais cicatrizes,
memórias de um anoso nascimento.
Gigante palco, de vida fulgurante. Sagrado!
Vestes verdes majestosos e dourados ardentes.
És corredor de todas as existências,
jardim de milhões de cores e odores
abundas de alma e ânimo de vida que flui.
Nos tempos idos, ficou a tua paisagem,
encerrados os Ciclos e as Eras.
Talvez, passadas Eras de vermelho te tingires,
inflamada e fundida na estrela que te ilumina,
sejas fugaz e refulgente recordação
em remotos universos.
Quiçá, ecos de ti ressurjam.
Num assomo de ousadia, qual navegador
num mar desconhecido, lançámos-te,
Terras de ti, além-espaço.
Náufragos errantes,
sonhámos quem nos salvasse da solidão!
Numa pioneira e complexa garrafa,
encerrámos a nossa chave.
Quão longe, quão distante no tempo?
Contornos esfumados de um mapa perdido,
fantasmas de seres cravados na eternidade,
vozes e lamentos de uma humanidade perdida.
Ecos e canções de uma Terra longínqua,
passada e em cinzas talvez dispersada.
Encerrados os Ciclos e as Eras,
perdida em tempos idos, ficou a tua paisagem
e os Seres, que de Vida, te sacralizaram!
(Sentir e Ser - 2011)
http://aworldinsideasoapbubble.blogspot.com/
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3 comentários:
...This little pale blue dot...
Belíssimo sorriso
Detido neste vislumbre
Doces são os frutos
Que suas árvores seguram
Verde é a grama
Que esta Terra veste
Admira, é arte, Natureza...
A pé, por esses caminhos da Terra
Em ritmo acelerado
Fazermo-nos do espaço
Cumprindo sonhos
Inatos, como raízes profundas
Segurando altas árvores
crescemos gratuitamente
Como se vê
As estações mudam
E nada nos é estranho
O que parece ser
Verdadeiramente belo
Também o é por dentro
De Tudo nutrido
Floresce e se alimenta
Admirando esta arte
pulsando...
Abraço
Abraço rmf, obrigada. É lindo :).
telúrico para além de belo
é das tais "coisas"que apetece dizer
depois de ler
:
nem mais um esboço de poema
beijinho
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