O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 11 de junho de 2011

4 comentários:

Anónimo disse...

Até me parece que conheço estes versos, que Lopes Graça, creio, introduziu no seu reportório de canções...:)

Do coral de Queluz e do que foi esse encontro, tu o saberás melhor...

Histórias serpentinadas!

Abraço e boa festa.

ethel disse...

Platero
Coloca os versos que são teus e que todos nós queremos ler para além de ouvir. Encantamento puro

platero disse...

a pedido de PALADAR
:
´das oliveira
frutos redondos
-colhê-los dói
nas mãos
nos ombros

dás oliveira
frutos pequenos
sabê-los de outros
a quem os colhe
não lhes dói menos

dás oliveira
frutos amargos
das feridas fundas
que vais fazendo
nos dedos magros

aí está o poema, aí vai um beijinho

ethel disse...

Lindo, Platero. Obrigada
Beijinhos