O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 9 de junho de 2011

10 de JUNHO

raio de país este
- 3 sílabas de plástico?

pletórico de sol
de luz
de Allgarve

contudo macambúzio
esplenético
disfórico

reiteradamente invocado pela diáspora
esquecido injustamente
pelos dióspiros

5 comentários:

rmf disse...

 ...O outro, da mesma 'família'... Diásporo

curiosidades :)

Abraço

platero disse...

esse desconheço

se tu dizes, acredito

abraço

rmf disse...

:)

Gostei deste prognóstico, sempre actual!

Abraço, Platero

Anónimo disse...

"Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,/ Define com perfil e ser/ Este fulgor baço de terra/ Que é Portugal a entristecer-/ Brilho sem luz e sem arder,/ Como o que o fogo-fátuo encerra./ Ninguém sabe que coisa quer./ Ninguém conhece que alma tem,/ Nem o que é mal nem o que é bem./ (Que ânsia distante perto chora?)/ Tudo é incerto e derradeiro./ Tudo é disperso, nada é inteiro./ Ó Portugal, hoje és nevoeiro... É a hora!"

Abraço, Platero, em diáspora e em dióspiro, verde! :)

platero disse...

Maria

o 3 sílabas de plástico é do O´Neil

não o citei porque achei não valer a pena.
tb os dióspiros têm muito menos atualidade que pepinos ou tomates, mas olha - já está já está.

o esplenético ficou-me na memória, vindo não sei de onde, como o cotão nas algibeiras. lavam-se as calças, desaparece, mas não tarda a voltar.

e gosto do toque da palavra.

o tal abraço, com votos de merecidas mini-férias para contemplares o teu amigo MAR