O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 26 de abril de 2011

quando o nosso olhar
vazio, procurar o tempo
serei tua noite quente


estarei contigo na despedida
no despertar, entre o que sou

3 comentários:

Isabel Metello disse...

Lindo, Paladar da Loucura! cada vez mais tenho a sensação de que os critérios temporais humanos são cada vez mais absurdos perante a sua inexistência Noutro(s) Plano(s):)

platero disse...

também gostei
noite quente

perfumada?
com o cantar de grilos?

beijo

ethel disse...

Obrigada, Isabel e Platero :-)