- 3 POEMAS DATADOS E LOCALIZADOS
(o que é raro: 79 - ÉVORA)
1 - PEDRADA
eis o esforço
máximo do músculo
estendido ao espaço
um lenço azul no voo
de um novo
inexperiente pássaro
na relva
densa o términus da pedra
:
esforço
do percurso
- massa
do projecto
2 - PROJÉCTIL
eis fechada
em uma pequenina
limitada cápsula
sustida
tensa
nova
a dinâmica da vida
que há
potencial
na flor
da pólvora
ÉVORA - Nov 79
3 - SEM TÍTULO
ao poema em que me aqueço
lanço as achas de estar só
baixo a luz e adormeço
lama lume incenso pó
desperto nada me falta
mistura de sono e sons
grito o poema em voz alta
regresso à vida pela voz
e pronto, é assim, agora apetecia-me ficar aqui a recuperar uma séria série de palavras em risco de se perderem
e de algumas eu gosto
outro começa assim (amanhã talvez volte a esta tarefa)
:
SEGURA A TUA SOMBRA
SOBRE O MURO BRANCO
O SOL DESPIDO
À FLOR DA TUA PELE
PERDURA O TEU PERFUME
NA PÁTINA DA CAL
A TUA VOZ TRANSMIGRA
DO ECO
PELA RELVA
durmam bem - volto amanhã - SOBRE A VELHA CAMPONESA ALENTEJANA
mulheres de força e de génio
"prenhas" de sol e de fome
escancaram lestas as pernas
parem meninos já homens
mulheres de raiva e angústia
rangendo os dentes roídos
parem meninos já homens
...Ver mais
quarta-feira, 11 de julho de 2012
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2 comentários:
RELVA ou RELVAS, distinto Amigo? JCN
Caro JCN
sou único sobrevivente desta ruína de navio pronta a afundar-se.
já peguei a minha balsa salva-vidas, com 2 remos, e vou mesmo abandonar, com destino incerto mas à partida de augúrio pessimista.
deixo-lhe um grande abraço de agradecimento pelas boas relações
"bloguistas" que tantas vezes nos uniram
abraço grande para si, o mesmo para eventuais exploradores de tesouros submarinos que adreguem visitar esta ruína, já na altura submersa
abraço a todos
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