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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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10 comentários:
Sem metáfora as janelas
não têm qualquer poesia,
não tendo mais serventia
que não seja olhar por elas!
JCN
Oh, Cláudia, volte a chamá-la, pois subscrevo o que acabou de dizer o JCN...se formos a analisar à letra (salvo seja! :) esta imagem ainda entramos em derrapagem...esta sua imagem, mais do que uma janela evoca um poço, portas fechadas, um pesadelo, enfim...
Não, é mais um túmulo em vida...Eurico, o Presbítero, haveria de a adorar :)
Tanto servem para olhar
para dentro ou para fora,
consoante for a hora
que na altura vigorar!
JCN
De noite, com luz aberta,
pode-se olhar para dentro;
mas quando o dia desperta
em quem passa me concentro!
JCN
Um poço com céu à vista.
"Um poço com céu à vista"
não deixa de ser um poço:
um colar vistoso e grosso,
mesmo sendo de ametista,
não modifica um pescoço!
JCN
Cláudia, tem razão, o que interessa o poço se se pode ver o céu??? Sua Eminência, nem ametista nem ouro ou platina sacralizam um pescoço sujo e morto que deveria parar na guilhotina...hoje, estou assim, muito jacobina...isto passa-é, cada vez mais, o contacto com o lado negro da existenz alheia que me despoletam estas imagens, mas, como limpo a alma ao escrever, amanhã já estou a ver no posso flores tipo bem-me-quer...
ai que errata que devo frisar :)
1º concorddância entre o sujeito e a flexão verbal; 2º erro ortográfico e semântico :) em vez do substantivo poço escrevi a 1ª pessoa do singular do Presente do Indicativo do verbo poder. então aqui fica :) "o contacto com o lado negro da existenz alheia que me despoleta estas imagens, mas, como limpo a alma ao escrever, amanhã já estou a ver no poço flores tipo bem-me-quer...sorry!
Os meus versos esgotei
pelo que toca às janelas:
ao tema não voltarei
porque prefiro as estrelas!
JCN
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