Portugal querido
:
Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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66 comentários:
Antes dado que mal pago! JCN
Por causa da parecença
confunde-se honra com hora,
embora haja diferença
pelo menos por agora!
JCN
Platero,
Portugal
Sem áscua, nem manjua!
Na verdade, sem grelha,
nem sardinha.
Abraço
Sem manjua se jejua! JCN
Platero tem o condão
de brincar com os vocábulos,
dando-nos a sensação
de estar pintando retábulos!
JCN
JCN
verdadeira quadra de mestre
na linha do clássico "poesia é pintura"
ou coisa semelhante
obrigado
Rui
grande abraço
a realidade é mesmo essa, mas o que havemos de fazer?
o nosso menino - mesmo monstro - sempre nos parece lindo
abraço
Sob a forma de quarteto
e de versos mais pequenos,
a quadra não vale menos
que o exigente soneto!
JCN
Do soneto a quadra tem
a mesmíssima exigêmcia,
não tolerando também
a menor deficiência!
JCN
A quem nos quer humilhar
sem qualquer razão de ser
há que saber responder
em moeda similar!
JCN
Define-se uma nação
pelos poetas que tem,
isto sendo uma asserção
que não contesta ninguém!
JCN
Seja qual for a disputa
sobre quem seja a nação,
dou de barato a razão
defendida tão à bruta!
JCN
Com trutas, armas e pão,
mas sem alma ou sem moral,
não se basta uma nação
que se preza como tal!
JCN
Mais uma vez que distantes
são nossos pontos de vista:
à minha fé de humanista
tomo os seus por apoucantes!
JCN
Se pensa continuar
com seus versos de ceguinho,
comece por afinar
as cordas do cavaquinho!
JCN
Que diferença, Senhora,
entre os meus e os seus versos,
tão desiguais, tão diversos,
como a filha o é da nora!
JCN
Deixe-se, cara Senhora,
de em poeta se arvorar,
pois cada vez que se arvora
não faz senão piorar!
JCN
Ser poeta não consiste
em fazer versos rimados;
é poeta quem perdiste
em não descer aos montados!
JCN
Uma coisa é a "piroseira",
que a toda a gente acontece;
outra coisa é a pepineira,
que só repulsa merece!
JCN
Corrijo, na penúltima quadra, "perdiste" por "persiste". JCN
Pela demora... suponho que esteja a afinar o cavaquinho! JCN
A senhora dos pés grandes
as estribeiras perdeu
e suas razões meteu
em sensaboronas sandes!
JCN
Minhas "quadras de escumalha"
dão-lhe voltas à cabeça,
pois não têm nenhuma falha
que reprovação mereça!
JCN
Uma vez mais a aconselho
a deixar a versalhada,
devendo ver-se ao espelho
para se ver retratada!
JCN
O pobre tolo do castro laboreiro
só picado é que ainda tem tusa
bem faz de conta mas só de cueiro
lhe sai quadra sem altura semifusa.
(Vai pianinho, velhinho! Se não, corta-se-te aqui de novo o canoro pio na demasia. Respeito às senhoras e aos demais, alarvão! Qualquer natália, sem ser correia, te vai num ápice aos entremeios de soberba do estro. E quanto mais cantas, mais te emudeces.)
Se trabalho ou não trabalho,
da sua conta não é:
meta-se vossemecê
na "chupança" do seu galho!
JCN
"Sonetinho" ou "sonetão",
meus sonetos não têm par,
destinados a ficar
em luxuosa edição!
JCN
Só faltava o MeTheOro
aqui meter o bedelho
como atrevido fedelho
sem carácter nem decoro!
JCN
Trabalho as minhas quadras como quem
faz um soneto sem defeito algum,
seleccionando os termos um por um
sem descurar a música também!
São jóias, pois, do mais subido preço,
que às minhas amizades ofereço!
JCN
Agora ponto final
nesta nossa discussão,
porquanto já cheira mal
esta luta... sem razão!
JCN
Em dia de S. Martinho,
seja lá pelo que for,
há quem se eceda no vinho
e perca todo o pudor!
JCN
Como tenho referido,
eu detesto as brejeirasas
por não fazerem sentido
em nações civilizadas!
JCN
Corrijo a gralha "brejeirasas" (um grão nas asas?) por "brejeiradas". Acontece! JCN
Um insulto dirigir
a qualquer nonagenário
é de mau-gosto primário
que se deve corrigir!
JCN
Quem não tem categoria
para entrar nas discussões
sem derrubar a fasquia
deve elevar os tacões!
JCN
Será que é crime ser velho,
senhora dos pés peludos?...
Se me permite o conselho,
reveja lá seus estudos!
JCN
E com esta me despeço,
que se vai fazendo tarde;
das más línguas Deus me guarde:
é tudo quanto lhe peço!
JCN
A quadra tem suas normas
pelos sábios estudadas:
respeitemos suas formas
desde há muito consagradas!
JCN
Endereçada ao MeTheOros:
Evita de te encontrares
com um castro laboreiro
que te rasgava o taseiro
sem tempo para pensares!
JCN
Duas desalminhas (um lesma caquético com ares de antónio aleixo das berças, e uma fechadura avariada e ferrojenta com um pedaço da chave lá dentro) que estão mesmo bem um para a outra.
Coitadinhos dos meninos tristes!
Fiquem pr'aqui na traulitada...
Entretenham-se, já que nada mais parecem ter para fazer...
(O que me custaria menos seria bloqueá-los. Apagar este vosso lixo, nem me dou sequer já ao trabalho. Idiotas!)
Corrijo, na minha última quadra, a gralha "taseiro" por "traseiro", que é a parte anatómica onde, em sentido descendente, a coluna vertebral troca de nome, com larga sinonímia! JCN
Aí vai, para rematar em jeito de verónica:
A diferença que existe
entre mim e o Aleixo
é a mesma que consiste
entre uma pedra e um seixo!
JCN
Cara Senhora, não deixo
de constatar seu talento:
trabalhe para com tento
da pedra fazer um seixo!
JCN
Brindando pela concórdia,
nesta quadra queira ver
o jeito de me bater
à luz da misericórdia!
JCN
Tenho uma forma castiça
de na quadra me bater,
nunca abandonando a liça
antes de alguém me vencer!
JCN
Suponho, cara Senhora,
que pôs à mostra o seu rosto,
o que me causa desgosto
por tão-só sabê-lo agora!
JCN
Nesta sua Poesia,
de quadras unicamente,
transparece a sua mente
que, de facto, me extasia!
JCN
Nos jardins da Alegoria
se encontram todas as almas
que brandindo as suas palmas
prestam culto à Poesia!
JCN
caro Castro Nunes
coisas tão bonitas nos seus escritos, nas suas quadras
uma série que começa em:
um pensamento profundo
um desejo de verdade
...............
cheio de preciosidades poéticas que me escuso de citar. Mas a produção em massa, em catadupa, não pode deixar de implicar o abaixamento de qualidade.
pelo respeito que me merece, deixo minha resposta a uma quadra sua
:
mesmo com categoria
quem entrar em discussões
ao derrubar a fasquia
pode rasgar os calções
com um grande abraço de admiração pelo seu trabalho
Caríssimo Amigo Platero:
Tem carradas de razão
nos reparos que me faz:
por um nada se desfaz
a melhor reputação!
JCN
Vou pôr em prática a sério
o conselho que me deu,
evitando o despautério
em qualquer poema meu!
JCN
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