O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 8 de novembro de 2011

a HORA

Portugal amado
Portugal querido

eis como te queremos
:
nem vendado
nem vendido

66 comentários:

João de Castro Nunes disse...

Antes dado que mal pago! JCN

João de Castro Nunes disse...

Por causa da parecença
confunde-se honra com hora,
embora haja diferença
pelo menos por agora!

JCN

rmf disse...

Platero,

Portugal

Sem áscua, nem manjua!
Na verdade, sem grelha,
nem sardinha.

Abraço

João de Castro Nunes disse...

Sem manjua se jejua! JCN

João de Castro Nunes disse...

Platero tem o condão
de brincar com os vocábulos,
dando-nos a sensação
de estar pintando retábulos!

JCN

platero disse...

JCN

verdadeira quadra de mestre
na linha do clássico "poesia é pintura"
ou coisa semelhante

obrigado

platero disse...

Rui

grande abraço
a realidade é mesmo essa, mas o que havemos de fazer?

o nosso menino - mesmo monstro - sempre nos parece lindo

abraço

João de Castro Nunes disse...

Sob a forma de quarteto
e de versos mais pequenos,
a quadra não vale menos
que o exigente soneto!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Do soneto a quadra tem
a mesmíssima exigêmcia,
não tolerando também
a menor deficiência!

JCN

João de Castro Nunes disse...

A quem nos quer humilhar
sem qualquer razão de ser
há que saber responder
em moeda similar!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Define-se uma nação
pelos poetas que tem,
isto sendo uma asserção
que não contesta ninguém!

JCN

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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João de Castro Nunes disse...

Seja qual for a disputa
sobre quem seja a nação,
dou de barato a razão
defendida tão à bruta!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Com trutas, armas e pão,
mas sem alma ou sem moral,
não se basta uma nação
que se preza como tal!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Mais uma vez que distantes
são nossos pontos de vista:
à minha fé de humanista
tomo os seus por apoucantes!

JCN

João de Castro Nunes disse...
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João de Castro Nunes disse...

Se pensa continuar
com seus versos de ceguinho,
comece por afinar
as cordas do cavaquinho!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Que diferença, Senhora,
entre os meus e os seus versos,
tão desiguais, tão diversos,
como a filha o é da nora!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Deixe-se, cara Senhora,
de em poeta se arvorar,
pois cada vez que se arvora
não faz senão piorar!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Ser poeta não consiste
em fazer versos rimados;
é poeta quem perdiste
em não descer aos montados!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Uma coisa é a "piroseira",
que a toda a gente acontece;
outra coisa é a pepineira,
que só repulsa merece!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Corrijo, na penúltima quadra, "perdiste" por "persiste". JCN

João de Castro Nunes disse...

Pela demora... suponho que esteja a afinar o cavaquinho! JCN

Anónimo disse...
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João de Castro Nunes disse...

A senhora dos pés grandes
as estribeiras perdeu
e suas razões meteu
em sensaboronas sandes!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Minhas "quadras de escumalha"
dão-lhe voltas à cabeça,
pois não têm nenhuma falha
que reprovação mereça!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Uma vez mais a aconselho
a deixar a versalhada,
devendo ver-se ao espelho
para se ver retratada!

JCN

Luiz Pires dos Reys disse...

O pobre tolo do castro laboreiro
só picado é que ainda tem tusa
bem faz de conta mas só de cueiro
lhe sai quadra sem altura semifusa.




(Vai pianinho, velhinho! Se não, corta-se-te aqui de novo o canoro pio na demasia. Respeito às senhoras e aos demais, alarvão! Qualquer natália, sem ser correia, te vai num ápice aos entremeios de soberba do estro. E quanto mais cantas, mais te emudeces.)

João de Castro Nunes disse...

Se trabalho ou não trabalho,
da sua conta não é:
meta-se vossemecê
na "chupança" do seu galho!

JCN

João de Castro Nunes disse...

"Sonetinho" ou "sonetão",
meus sonetos não têm par,
destinados a ficar
em luxuosa edição!

JCN

Anónimo disse...
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João de Castro Nunes disse...

Só faltava o MeTheOro
aqui meter o bedelho
como atrevido fedelho
sem carácter nem decoro!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Trabalho as minhas quadras como quem
faz um soneto sem defeito algum,
seleccionando os termos um por um
sem descurar a música também!

São jóias, pois, do mais subido preço,
que às minhas amizades ofereço!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Agora ponto final
nesta nossa discussão,
porquanto já cheira mal
esta luta... sem razão!

JCN

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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João de Castro Nunes disse...

Em dia de S. Martinho,
seja lá pelo que for,
há quem se eceda no vinho
e perca todo o pudor!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Como tenho referido,
eu detesto as brejeirasas
por não fazerem sentido
em nações civilizadas!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Corrijo a gralha "brejeirasas" (um grão nas asas?) por "brejeiradas". Acontece! JCN

João de Castro Nunes disse...

Um insulto dirigir
a qualquer nonagenário
é de mau-gosto primário
que se deve corrigir!

JCN

João de Castro Nunes disse...
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João de Castro Nunes disse...

Quem não tem categoria
para entrar nas discussões
sem derrubar a fasquia
deve elevar os tacões!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Será que é crime ser velho,
senhora dos pés peludos?...
Se me permite o conselho,
reveja lá seus estudos!

JCN

João de Castro Nunes disse...
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João de Castro Nunes disse...

E com esta me despeço,
que se vai fazendo tarde;
das más línguas Deus me guarde:
é tudo quanto lhe peço!

JCN

João de Castro Nunes disse...

A quadra tem suas normas
pelos sábios estudadas:
respeitemos suas formas
desde há muito consagradas!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Endereçada ao MeTheOros:

Evita de te encontrares
com um castro laboreiro
que te rasgava o taseiro
sem tempo para pensares!

JCN

Luiz Pires dos Reys disse...

Duas desalminhas (um lesma caquético com ares de antónio aleixo das berças, e uma fechadura avariada e ferrojenta com um pedaço da chave lá dentro) que estão mesmo bem um para a outra.

Coitadinhos dos meninos tristes!
Fiquem pr'aqui na traulitada...

Entretenham-se, já que nada mais parecem ter para fazer...



(O que me custaria menos seria bloqueá-los. Apagar este vosso lixo, nem me dou sequer já ao trabalho. Idiotas!)

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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João de Castro Nunes disse...

Corrijo, na minha última quadra, a gralha "taseiro" por "traseiro", que é a parte anatómica onde, em sentido descendente, a coluna vertebral troca de nome, com larga sinonímia! JCN

João de Castro Nunes disse...

Aí vai, para rematar em jeito de verónica:

A diferença que existe
entre mim e o Aleixo
é a mesma que consiste
entre uma pedra e um seixo!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Cara Senhora, não deixo
de constatar seu talento:
trabalhe para com tento
da pedra fazer um seixo!

JCN

João de Castro Nunes disse...
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João de Castro Nunes disse...

Brindando pela concórdia,
nesta quadra queira ver
o jeito de me bater
à luz da misericórdia!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Tenho uma forma castiça
de na quadra me bater,
nunca abandonando a liça
antes de alguém me vencer!

JCN

Anónimo disse...
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João de Castro Nunes disse...

Suponho, cara Senhora,
que pôs à mostra o seu rosto,
o que me causa desgosto
por tão-só sabê-lo agora!

JCN

João de Castro Nunes disse...
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João de Castro Nunes disse...

Nesta sua Poesia,
de quadras unicamente,
transparece a sua mente
que, de facto, me extasia!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Nos jardins da Alegoria
se encontram todas as almas
que brandindo as suas palmas
prestam culto à Poesia!

JCN

platero disse...

caro Castro Nunes

coisas tão bonitas nos seus escritos, nas suas quadras

uma série que começa em:

um pensamento profundo
um desejo de verdade
...............
cheio de preciosidades poéticas que me escuso de citar. Mas a produção em massa, em catadupa, não pode deixar de implicar o abaixamento de qualidade.

pelo respeito que me merece, deixo minha resposta a uma quadra sua
:
mesmo com categoria
quem entrar em discussões
ao derrubar a fasquia
pode rasgar os calções

com um grande abraço de admiração pelo seu trabalho

João de Castro Nunes disse...

Caríssimo Amigo Platero:

Tem carradas de razão
nos reparos que me faz:
por um nada se desfaz
a melhor reputação!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Vou pôr em prática a sério
o conselho que me deu,
evitando o despautério
em qualquer poema meu!

JCN