O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 22 de maio de 2012

AFOGAMENTO NO DANÚBIO chamava-se Ferraz Gonçalo Ferraz o rapaz que se atirou ao Danúbio em Buda-Peste rio voraz nascido na Floresta Negra morrendo no Mar Negro de que outra coisa seria então capaz que não tragar o infeliz rapaz aventureiro e logo em Budapest - mais Peste do que Buda - só os pais do rapaz de Gonçalo Ferraz sem se afogarem no Danúbio afogam-se no pranto que a sua falta faz por mais que gritem por socorro - não há quem lhes acuda

2 comentários:

platero disse...

tenho que meter o BLOGGER no ferreiro

o que escrevo como poema
ele resolve editar em prosa

talvez um aviso para abandonar a poesia

João de Castro Nunes disse...

Sabe muito bem, caro Amigo Platero, que a Poesia não depende da roupa que veste, ms do perfume que usa! E o seu... cheira divinamente à distância! JCN